sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

"Alguma coisa acontece no meu coração..."



Desde que era gurizinho ranhento me acostumei a ver as principais ruas e avenidas de São Paulo intransitáveis com gente estressada, apressada e um vai-e-vem tão maluco quanto necessário no coração pulsante dessa metrópole tão grande e especial. No último dia 25 de janeiro foi tudo tão diferente... Por volta das 07:00 já estava no local do evento para sentir mais uma vez a emoção e a alegria me contagiar. Corredores, espectadores, curiosos formavam uma espécie de comunidade mística que é ímpar nesses eventos de corridas de rua. É realmente contagiante o clima antes da largada.

Por falar em antes da largada, acabei encontrando o amigo-corredor Eduardo Acacio do blog http://porqueeucorro.blogspot.com/, que me deu pessoalmente os bons conselhos que eu já havia lido em seu blog. Essa é uma máxima das corridas de rua, fazer amizades. Valeu Eduardo, e pode deixar que ainda vou relatar aqui nesse blog a conquista de minha primeira maratona.


Pra variar estava tenso antes do início – bem menos que em outras ocasiões – mas logo passou, deixei um pouco de lado o clima do ambiente e passei a me concentrar mais. Liguei o mp4 BEM ALTO e ao som do bom e velho Black Sabbath comecei a corrida.

Cada corrida tem suas peculiaridades, cada percurso tem seus pontos marcantes, e como citei no início desse texto correr pelas artérias dessa cidade que eu vejo sempre lotadas de carros enfileirados, congestionada e num ritmo doido foi sem igual. Muito emocionante, místico, mágico, não consigo definir, não há como definir, se quer saber como é esteja lá no meio no dia 25 de janeiro de 2013 e tire suas próprias conclusões. Mas é “FODÁSTICO”!


Minha irmã Alessandra foi a tiete da vez e estava me aguardando na linha de chegada para registrar mais esse click e juntamente com o Thiago – futuro corredor e judoca – pôde conferir como é bom e agradável estar no meio da galera.


Mantive um bom ritmo e nem esperava que fosse me surpreender com meu tempo. Quebrei meu record, baixei de 00:57:47 da última corrida para 00:57:15, e apesar de ter baixado o tempo ainda terminei com a sensação de que poderia ter ido melhor, pois terminei muito bem fisicamente, com muita energia que poderia ter sido gasta durante a prova, mas como eu não conhecia o percurso preferi guardar o gás para algumas eventuais surpresas que por ventura pudessem aparecer. Precaução nunca é demais, terminei bem a prova.


Em alguns momentos o tempo parecia estar parado, em especial, fiquei emocionado ao passar pelo Monumento às Bandeiras, como historiador que sou e por saber a importância que este monumento tem para o estereótipo dessa cidade e para o imaginário coletivo paulista, me senti honrado por estar ali, por perceber que por um minuto a cidade que nunca para parou para receber outro tipo de corrida: a de rua. Os índios, mamelucos, negros e bandeirantes que no monumento representam todas as etnias puxando o Brasil adiante pareciam me dizer: ”avante corredor, falta pouco, não desista, vá em frente!”. Foi um momento único, emocionante.






Então foi essa a impressão que tive em correr mais essa prova, foi uma das melhores até agora, me marcou bastante. A organização foi muito boa, não tenho realmente nada para reclamar, os postos de hidratação estavam nos locais onde deveriam estar. Inclusive no quilometro sete havia um posto de isotônico, o que pra mim foi uma novidade. Gostei. Ah, pra não passar em branco nas reclamações vou citar apenas a falta de lixeiras e de educação de algumas pessoas que não se cansam de “emporcalhar” os locais dos eventos.





 O próximo desafio será o Circuito do Sol, no dia 12/02/2012. 







Professor Ademir continua sendo gremista fanático – apesar de tudo. Foi um Ironman no XV Troféu Cidade de São Paulo, ficou extremamente emocionado em correr nessa cidade por ele injustiçada, fez mais um amigo-corredor, quebrou seu record superando seus próprios limites e sentiu falta de sua princesa que não pôde estar presente por motivos de trabalho, mas que esteve todos os dez mil metros correndo junto com ele. 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Circuito Praia Suja... Opa, quer dizer, "limpa"



Por ser apenas um iniciante em corridas de rua preferi não fazer muito “barulho” com uma ideia que passou por minha cabeça logo em na primeira prova que participei. Me senti de fato um pouco incomodado com a quantidade de lixo produzido durante as corridas, principalmente com os copinhos plásticos que são jogados no chão nos metros que se seguem após os pontos de hidratação. Mas até aí tudo bem. O pior ainda está por vir.


No último domingo estive na cidade de Bertioga para participar do Circuito Praia Limpa de corridas de rua, é exatamente aí que entra o problema: A cidade de Bertioga sofre com a imensa falta de respeito por parte de seus moradores e visitantes. Sei que por ser alta temporada devem ter milhões de turistas ocupando o espaço citado, por isso não quero generalizar incluindo os moradores do local, mas a sujeira imperava por toda parte. Lixo para todo lado, montanhas de sacos plásticos, bagaços de côco, garrafas Pet, papel, garrafas de bebidas alcoólicas vazias – quando não quebradas – se espalhavam por toda extensão da orla emporcalhando a praia.


Achei irônico o nome do evento induzir a conscientização da população pela preservação e limpeza das praias do litoral paulista e os corredores e expectadores terem praticamente que desviar de resíduos para fazer o percurso destinado ao evento.


Cheguei ao local por volta de 06:30 da manhã, o dia mal tinha clareado e os rastros de sujeira em alguns pontos da praia deixava bem claro que as pessoas que “curtiram”  a praia em baladas e luaus se encarregaram de ironizar a ideia e o espírito do evento esportivo. 







segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Por fim, a largada



Por fim, começou oficialmente a temporada 2012 para mim. Apesar de não ter “tirado férias”, pois treinei muito – inclusive no natal e ano novo, sim, ANO NOVO, pois Réveillon é coisa de fresco –, mantive e melhorei a forma nesse período, devo ter inclusive baixado meu peso em 1,5 kg.

Mas como dizemos lá no sul, "TREINO É JOGO E JOGO É GUERRA!" E já estava ficando bem entediado em ficar dando voltas no parque tentando melhorar meu tempo e... Só isso já é o quanto basta. Não via a hora de chegar a primeira prova do ano e por fim ela chegou.


Foi muito boa a corrida, por vários motivos, um dos melhores foi meu tempo, melhorou muito se comparado com o da última corrida que fiz aproximadamente em 70 minutos. O tempo desta foi de 00h57min:49, um tempo muito abaixo do esperado, isso me surpreendeu, me deixou bem satisfeito.



O percurso era de 5 km na areia e os outros 5 km no asfalto. Segundo o Diego Ronan – meu mais novo amigo de corrida cujo terei a honra de fazer parte de sua equipe no Revezamento Pão de Açúcar – do blog http://www.diegoronan.com.br/diegoronan/ correr na areia é o equivalente a uma subida e como ele tem mais experiência em corridas eu respeitei sua orientação e guardei um pouco de gás para os últimos 2,5 km no asfalto.



Gostei da organização da prova, apesar de ter sido gratuita foi do nível de outras com um custo bem alto. Havia quatro pontos de hidratação, ambulâncias, policiamento e frutas no fim da prova para a galera repor as energias. A única ressalva que tenho a fazer é sobre a ironia com o nome da prova, mas deixarei para um post exclusivo, pois esse é para relatar minha primeira prova do ano.




Como sempre estava acompanhada da Vivi, que me “tietou” o quanto pode e registrou boas fotos para entrar para a memória deste blog. Apoiou-me, deu força e é claro que dedico mais essa vitória a ela, e também ao bebê.

O próximo desafio será dia 25 de janeiro, no aniversário de São Paulo, não bastasse correr – dessa vez sem carro – por essa megalópole fantástica tem o fato de curtir a tradição da pauliceia, pode até soar estranho, mas amo essa cidade e como diz um grande índio velho, amigo fiel e valoroso, Joé eu sou um “paulistucho”.












Professor Ademir é GREMISTA FANÁTICO, foi um Ironman no último domingo e está muito feliz e ansioso para as corridas de 2012, em especial a meia maratona de São Paulo, cujo marcará meus primeiros 21 km, e o revezamento Pão de Açúcar. Ah sim, é claro: Domingo tem jogo do TRICOLOR e a temporada deste ano – a última do Olímpico Monumental – assim como a minha, promete.