No
domingo, dia 22 de abril aconteceu em São José dos Campos o Circuito Superação.
Como o nome já sugere foi realmente um dia para superar uma marca. Nada
parecido com o que foi a Meia Maratona no domingo passado que foi relatada por
mim aqui no blog, mas uma marca que provavelmente vai demorar a se repetir – que
o diga a Viviane. Foi a quarta corrida realizada neste mês de abril, isso
mesmo, quatro corridas em um mês, e poderia ter sido cinco, não fosse o kit da
Indy Run ser entregue em um dia de semana.
O
mais legal dessa prova é que fomos com a equipe dos Corredores do Bosque Maia,
o qual muito me orgulho de fazer parte O Professor Alexandre foi nosso líder
durante toda a etapa. Como de costume em dias de corridas a coisa aconteceu
cedo, às 5h30 já estava em pé tomando um bom mate para ganhar uma energia
pré-prova. Juntamos a galera e tocamos, diga-se de passagem, a festa quase foi
cancelada devido a um acidente na Via Dutra, mas que pôde ser contornado.
Infelizmente alguns amigos não chegaram a tempo, ainda devido ao ocorrido e
largaram bem depois, alguns sem chip, inclusive, foram pelo incrível espírito
esportivo.
Chegamos
já em cima da hora, foi só o tempo de pegar o kit, a imensa fila do banheiro
químico – sem comentários – e irmos para a largada. O pessoal de São José dos
Campos realmente são muito hospitaleiros, ganharam todo meu respeito, poucas
vezes me senti tão bem recepcionado em uma prova como essa.
Largamos
com pouco mais de 4 minutos de atraso, nem vou considerar pois acho que era na verdade
eu que estava com o relógio adiantado. O percurso era uma delícia, todo plano,
quer dizer, a altimetria até pode me desmentir, todavia não dava mesmo para
sentir o “baque” da subida. Correr é muito bom, correr com os amigos é ainda
melhor, ao longo que iam se passando os quilômetros eu ouvia uma saudação ou
acenava para algum conhecido, passei pelo Mestre Alcides e pelo Sensei Hideaki,
e na volta ainda fiz um sinal de positivo para pelo menos cinco ou seis
viventes.
Tenho
andando ali pela casa dos 4.50, 5.00, 5,20 e queria de verdade passar abaixo
dos 5, e assim se fez. Dei um Sprint no
finalzinho e essa foi uma das maiores emoções de quebra de recorde mundial
pessoal, por apenas dois segundinhos eu fiquei abaixo dos 5, para ser mais
preciso terminei os 12km em 00:59:58. Bah, por tão pouco. Aquele sentimento de
que um pouquinho aqui, outro pouquinho ali, fazem toda a diferença que eu senti
na Meia Maratona veio outra vez à tona, só que agora para menos. Ufa, que bom
atingir uma meta desejada.
Depois
da chegada foi uma festa só, nos reunimos e trocamos as experiências
vivenciadas por cada um de nós durante a prova. Algumas pessoas fizeram essa
distância pela primeira vez, como a Ivone, que jamais havia alcançado tal
façanha, outros foram para os seis e terminaram com o sentimento de terem
percorrido seiscentos, isso é muito maravilhoso, como é bom saber que esse
esporte transcende e nos faz transcender os limites. Valeu corrida! Ainda ficamos por ali para ver se algum de nós
havia “beliscado um troféuzinho” – como diz o Alexandre – mas nada de mais,
terminamos mais essa com o sentimento de querer voltar à São José dos Campo, já
com dia e hora marcados, em junho estarei lá outra vez.
Gostaria
de registrar que, por fim, adquiri meu exemplar – autografado – do livro Melhor
que o Caminho é o Caminhar do Fábio Namiuti, que conta sua trajetória de
superação e conquistas desde sua remota infância até tornar-se um corredor de
longas distâncias. Vale muito a pena, recomendadíssimo. Além disso o Fábio já é
por si só uma figura, muito gentil e simpático, como ele mesmo classificou: “já nos tornamos parceiros de corrida”.
Valeu Fábio, nos encontramos em alguma corrida por ai.
Essa
foi sem dúvidas a corrida da ressaca,
ainda sentindo os efeitos colaterais dos 21,100 quilômetros vencidos no domingo
anterior. Fui para São José dos Campos fazer festa, ainda que eu faça isso em
todas as corridas, mas essa não foi para ser levada tão a sério, ou talvez eu
já esteja me acostumando e achando pequena demais para meus sonhos percorrer 12
k. E foi assim que terminou essa corrida e o mês de abril, com um sentimento de
vazio por saber que corrida agora somente dia 06 de maio – daqui há dois
séculos para ser mais exato – mas com um sentimento de alma preenchida pelas
quatro corridas que realizei. Sempre, é claro, com o apoio, a tietagem, a
fotografia, a torcida e o patrocínio da Vivi. Te amo minha prenda.
Professor
Ademir continua torcendo pelo Grêmio, realizou com êxito no mês de abril seu maior
desafio até então e já programa novos desafios para esse ano.