sábado, 28 de dezembro de 2013

Premissa da terceira temporada

Como já tradição por aqui a semana entre o natal e o ano novo é o momento de começar a pensar o calendário do ano seguinte. É também momento de repensar tudo, o que deu certo, o que não deu o que precisa ser melhorado.
Nessa mesma época, um ano atrás eu estava debruçado sobre tempos, metas e planilhas, meu maior desejo era fazer uma maratona, fiz duas, e só não fiz a terceira por que no dia da Maratona de Curitiba tive que prestar um concurso, cujo fui aprovado, ou seja, todas as metas que tracei eu alcancei, com exceção de fazer o sub 20 nos 5km, mas até aí... Nem ligo.
Como citado acima, as metas mudam, isso que é legal nos esportes que pratico, existe uma variação muito grande, o lastro de opções é muito grande, e dessa forma fica impossível cair na rotina, quer dizer, até é, mas com um pouquinho de esforço e de cabeça tu consegues resolver isso com facilidade.
Alguns planos mudaram, começarei uma nova graduação ano que vem, dessa forma ficarei um pouco sem tempo para treinar. Uma coisa é fato, na primeira temporada eu fiz muitas corridas, de fato, estava empolgado e tal, na segunda já fui mais técnico, desse modo menos corridas e mais treinos, a terceira temporada será com menos corridas ainda, só que com maior intensidade, vou priorizar as meias maratonas, e claro as maratonas.
Mas foi um ano muito produtivo, repleto de realizações e feitos que me ensinaram muito, como bem disse Dean Karnazes: “O dia que completa sua primeira maratona é o dia que mais aprende na sua vida. Completar uma maratona é algo que tem consequência para a vida toda”. E é, de fato é. Como eu fiquei mais seguro e confiante depois desse ano, foi o ano que descobri que sou capaz, que posso desde que que me empenhe. E assim seguirei.

Para ilustrar esse post publico abaixo a foto com todas as medalhas desse ano:





E aqui todas elas juntas... Dois anos de muita dedicação empenho e conquistas...



Me lembro perfeitamente que quando eu passava pelo corredor do quarto e via essa planilha as vezes setina raiva dela, afinal de contas elas representava uma meta, que quase sempre demandava muito esforço, por outro lado ver os dias passando os "OK" ou "OFF" indo a diante fez toda diferença.







E falando em temporada, abaixo uma demonstração de como as coisas mudam durante a temporada. Muitas corridas aparecem, alguma irresistíveis, outras por puro impulso. Impossível manter inalterado o calendário:

Como era:




Como ficou:






Em breve divulgarei o esboço do que pretendo para 2014, no mínimo duas Maratonas. São Paulo é garantida, basta saber se rola Curitiba, Brasília ou Rio de Janeiro.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Computador de pulso...


Depois do feito de Santos Dumont... Inventaram o computador de pulso.





As vezes é necessário abrir mãe de algumas coisas para ter outras, e assim foi o processo que culminou na aquisição do me brinquedinho... E que brinquedo.
Como já relatei aqui em outras postagens, tenho a intenção (ou tinha) de me tornar um triatleta, correr eu corro, nadar eu nado, mas pedalar é outra história. Eu tenho medo, é arriscado. Entendam: uma coisa é pegar sua bike despreocupado e sair por ai pedalando. Outra é pegar sua speed e ganhar velocidade e resistência em um trânsito que é ao mesmo tempo assassino e suicida. Tenho um filho pra ver crescer, oras.
Eu sei, tem muito ciclista que treina tranquilo, em lugares “seguros” (parcialmente), com equipamentos e bicicletas apropriadas. Mas vai dizer isso lá em casa para minha Prenda, Vai?!?
Não é por mim, mas pelos outros, o ciclista é o ponto mais fraco da corda e da “cadeia alimentar” desse trânsito maluco, a vulnerabilidade do ciclista é enorme, poucos respeitam, e apesar de ter muito rodando por ai, EU NÃO QUERO VIRAR ESTATÍSTICAS.
Não estou abdicando, é claro, do meu triatletismo, tampouco abrindo mão da competição que é minha obsessão, e que intitula esse blog, mas o fato é que aqui em São Paulo não existem lugares de fato seguros, ou mais ou menos isso para se treinar bike para competição.
Agora entra a parte da negociação e do brinquedo. Negociei com a Prenda e ao invés da bicicleta (que tirava a paz, o sono e o sossego dela) o tão esperado Garmin.
Adquiri um 405 cx, não vou ficar aqui dando explicações técnicas sobre o produto, pra quem preferir ou quiser saber mais sobre ele, como funciona acesse: http://static.garmincdn.com/pumac/Forerunner405CX_OwnersManual.pdf  e divirta-se. Falarei aqui um pouco do que já experimentei dele.
Pra início de conversa já dá outra motivação para treinar, sério, a coisas fica mais gostosa. Tem o fato de ter treinado errado por muito tempo, como? Simples, sempre utilizei o Map My Run, para saber as distâncias percorridas, até que é legalzinho, mas condiciona o corredor à um único percurso, sem o recurso do improviso, além de nos obrigar a perder um tempão montando o percurso no site. Mas o mais agravante disso é que em relação ao GPS do Garmin existe uma diferença de aproximadamente 1.200 metros, bastante para quem precisa de treinos corretos. Diferença para menos inclusive. Por exemplo, o percurso do Anel Viário que no MapMyRun me dá um trecho de meia maratona, no Garmin marca 19.800 m.
No início é muito complicado, tem que baixar programa, clicar aqui, ali, acolá, baixar programa, registrar isso, aquilo, aquilo-outro e por ai vai. Depois vem a configuração das telas, o manuseio do “arco”, as múltiplas funções e cada hora se descobre uma coisa nova, mas vale muito a pena. Por exemplo, eu tinha acionado o “companheiro de treino”, uma espécie de “coelho” cujo você concorre o tempo todo, o que me fez pensar que eu estava treinando como Usain Bolt.
O meu modelo (405cx) tem diversos recurso que me deixa boquiaberto, após executar todas as instalações devidas ele passa a se ordenar sozinho, basta conectar o “receptor” via USB e rapidamente ele passa a reconhecer, transferir e analisar seus dados-treino. Na primeira página ele te dá quantos treinos foram feitos no corrente mês, quantos quilômetros percorridas, total de calorias e até mesmo “premia” seu melhor tempo nos 5, 10, 21 ou 42 km. Tudo bem desenhado e muito acessível, nada de “bicho de sete cabeças”, além disso você pode “dar o play” e refazer todo o percurso realizado no treino, com batimentos cardíacos, altimetria e o pace médio em cada um dos trechos.




Ufa, e olha que eu não ganhei nem um pila para fazer essa propaganda aqui, acontece que o negócio é bom mesmo, é como correr com um computador no braço, apesar de ser um apetrecho discreto, não chama muita atenção e até parece um daqueles relógios que vem no doce de amendoim.

Recomendado!


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Atrasado, mas com justiça



Não quero entrar aqui em mérito (ou a falta dele) ou demérito de nada ou de ninguém. Nem fazer qualquer tipo de denúncia, embora eu tenha, de fato um sentido de justiça pra lá de aguçado vou deixar pra lá. Não quero arrumar confusão com ninguém, já passou, e já ouvi algumas vezes que tem coisas que é melhor perder do que ganhar.
Chegou, finalmente, meu troféu de primeiro lugar, meu primeiro troféu nesses dois anos de competição. Apesar de tudo eu o mereço porque corri, suei, e participei da competição com afinco, disciplina e mesmo em equipe mereci estar no lugar mais alto do pódio, embora isso me tenha sido sonegado.
Não teve pódio, tampouco pompas, não por falta deles, mas falta de caráter, vergonha na cara e espírito esportivo, de corpo, e principalmente, espírito de companheirismo. As coisas foram feitas na calada da noite, por baixo dos panos. Bom disse que não ia entrar nessas questões e não vou mesmo me alongar, o importante é que mesmo tarde o feito foi reconhecido.

Então é isso, meu primeiro troféu, pouco além de um ano mais tarde está em seu devido lugar, embora muito diferente do que foi entregue para organização ele simboliza uma conquista, e o que ele simboliza é o que de fato entrará para os anais de minha história. É o que vou contar para meu filho um dia.

O friozinho na barriga



Um dia sem qualquer pretensão estava à toa na internet e vi a postagem de um amigo (http://numerodepeito.blogspot.com.br/) anunciando um Aquathlon. Que diabos! Será que sou capaz?
Embora eu tenha entrado na natação com o propósito de nadar em competições oficiais sempre que penso em enfrenta as águas me dá um baita frio na barriga. Frio na barriga é um eufemismo para PÂNICO. Preciso controlar isso, mas com o tempo eu aprendo, já estive bem pior.
Aceitei o desafio, que era gratuito, ou melhor, tinha que trocar a inscrição por um brinquedo. Justo! Fui à prova “dos homens”, nada de ficar com “percursinho”, fui junto com os demais para a prova “máster”. 500 metros de natação e 3 km de corrida. “Uma barbada. Já fiz coisa pior em minha vida.” Foi o que pensei, mas estava enganado. Não que tenha subestimado a natação, mas não tinha noção do que poderia acontecer. Cheguei cedo, beeeeem cedo mesmo. Troquei o brinquedo pelo kit que vinha com camiseta, número de peito e, que orgulho, uma touca de natação. Parece bobo, mas é simbólico, ganhar uma touca no kit pra mim representa uma mudança, uma evolução. Me deixou orgulhoso.
Fui para a área de transição arrumar as coisas, tive meu braço marcado com o meu número de competidor, mais um ato simbólico que me deixou orgulhoso, lembrei dos IRONMANS com seus braços marcados como se fosse à brasa indo pra dentro do oceano. (Sei que me empolguei, mas é isso mesmo)
Lá encontrei o amigo Cláudio Rinaldo do blog que citei acima, cujo foi dele a publicação que acabei esbarrando e me inscrevendo, aliás, o Cláudio faz quase que um trabalho de divulgação de provas, sempre antenado mantém um blog ativo em prol do esporte, divulga suas marcas, provas e nos deixa sempre alerta sobre provas que valem a pena se inscrever. Grande pessoa, que briga pelo esporte, triatleta e Ironman.
Meu número era bem sugestivo, portei o 42, marca mística, sonho da maioria dos corredores. Larguei na segunda bateria, um pouco antes reparei que a maioria dos competidores estava “com medo” da temperatura da água, eu não me “fiz de leitão para mamar deitado” e pulei de cabeça para quebrar o gelo. Quase morro, é verdade, mas não fiquei de frescura.
A buzina soou e nos jogamos, meu maior problema desde o início foi de nadar na diagonal, por falta de malandragem, técnica e experiência em com petição de natação eu senti essa dificuldade. Desde o início aprendemos que devemos nadar alternando as respiradas, e sempre para o lado, NUNCA para a frente, mas isso eu só soube depois. E como se faz para enxergar a boia e fazer as diagonais? Tive que parar muitas vezes para pegar o rumo certo, e, além disso, por duas vezes entrou água nos meus óculos, o que me atrasou. Apesar de tudo posso dizer com orgulho que eu sim nadei os 500 metros que deveria, um monte de “espertões” na hora que se sentiam cansados andavam na parte rasa da piscina, assim fica fácil.
Em minha bateria largaram 25 viventes, e fui o último a sair da água, isso porque nos últimos 100 metros, a última reta e larguei mão da boia e nadei em linha reta, tendo como referência os azulejos da piscina. Isso ainda me fez caminhar depois de ter terminado o percurso para sair corretamente na área de transição. Fui o último mas não me deixei abater, fui correr.
No caminho ainda avistei o Cláudio que ainda brincou comigo me orientando a não esquecer de tirar a touca para correr. me vesti e fui para a corrida, sei que faço isso de maneira mais natural do que nadar, todavia o que não imaginava é que eu “gastei” muito na natação, não tinha ideia para equilibrar as energias entre nadar e correr, isso vem com o tempo.
Como citei anteriormente na minha bateria largaram 25 atletas, e fui o último a sair da água, mas na corrida eu descontei e acabei no 18° lugar, passei seis atletas usando minhas técnicas de corrida e minha resistência (resiliência) de maratonista. Não era uma “competição” nesse sentido, mas terminar em último é F*&¨%$#.
Fiquei feliz com o resultado, não do 18°, mas da coragem que tive de começar a enfrentar o medo de nadar, sei que ainda falta muito, e que nadar na piscinas ainda é “café com leite”, águas abertas é outra coisa (ainda me alertou o Cláudio, que por sua vez é um IRONMAN, e tem meu respeito), mas dei o primeiro passo, e agora não vou parar mais.
Fica de lição que ainda tenho que nadar (ou aprender) muito,  muito,  muito,  muito, muito mesmo. Vou treinando e logo mais me enfio em outra peleja. Mas estou feliz.





“Vai... E se der medo vai com medo mesmo.”


Essa frase já me fez ir muito longe, e ainda há muito o que conquistar. 





Mais um aniversário



Há mais ou menos dois anos eu tive uma ideia: “ir ali ao Bosque fazer uma caminhada no tempo livre que eu tinha à noite”. Depois disso passei a dar uns trotinhos de leve, 100, 200, no máximo 500 metros... Hoje sou um maratonista, com especificações em Duathlon, Aquathlon e pretendo já no primeiro semestre do na oque vem me tronar um ULTRA.


Por isso essa corrida é tão especial...

Tinha várias corridas para essa data, mas optei por ela pela sua simbologia. É a única que participo por três anos seguidos, e assim o será enquanto puder, por uma questão de moral, respeito, tradição e ética essa será sempre minha preferência.
Ao longo de seu percurso eu vou lembrando de como me sentia naquela primeira vez que fui para a rua correr oficialmente, meus medos, minhas incertezas e minhas “técnicas” de um principiante que estava morto de medo, mas que foi com medo mesmo.
A diferença é que esse ano ao invés dos 10 km eu fui apenas para os 5, uma vez que ao longo desse ano eu tenho realizado diversas corridas nessa modalidade e tenho observado meus tempos, sempre com a mesma intenção de baixar os resultados. De fato eu sabia, e sei que vai ser muito difícil bater meu tempo dos 5 km da corrida do SESI d Jundiaí, aquele dia eu voei e dei de relho dobrado nos 5km, além do que estou sem treinar devido a diversos compromissos particulares e profissionais. Outro agravante é que esse ano eu treinei muito para longas distâncias, o que obviamente, segundo minha professora de natação (Prô Cileni) me faria perder velocidade, e ela tinha razão.
Não consegui bater meu tempo, até consegui algumas voltas bem passadas, mas não mantive, meu primeiro km foi de 04:28, em Jundiaí meu pace foi de 04:21. Além do mais é sabido de todos que esse percurso tem mais de 5 mil metros, mas.... Era dia de festa, embora a maioria dos corredores jamais correm sem compromisso.
Passei longe do recorde pessoal, mas feliz por ter estado aqui mais uma vez, comemorando dois anos de corridas, dessa vez com musculação, ciclismo e natação incluídos...


Muito feliz e realizado (ainda que quebrado, mas disso dou risadas...).

Paz, mas com restrições


Do jeito que as coisas adam ultimamente, uma corrida com um custo de 20 pilas dá até um susto em nós, ainda mais sendo realizada por uma empresa como a Corpore, com excelência no que faz mas com preços altíssimos. Mas dessa vez fui conferir e me surpreendi. Kit de boa qualidade e uma estrutura nos bons padrões exigidos.
Havia duas opções para a largada, ou ia direto para a largada, na região do Ibirapuera ou ia para a chegada no Shopping Eldorado e lá pegaríamos um ônibus da organização até a largada. Escolhemos – Alcides, Hideaki, Dona Kieko e eu – ir até o mais prático de todos.
Apesar do atraso já habitual e normal pois obviamente fugiu ao controle uma vez que não havia ônibus que liberasse o fluxo de corredores a corrida foi bem organizada. Fui correndo sem maiores pretensões, sem tempo ou pace, somente correndo.
No trajeto fui pensando que essa corrida que se intitulava “da paz” reunia árabes e judeus – pelo menos na teoria – pensei algumas bobagens sobre isso, ri de mim mesmo e voltei a correr apenas.
A corrida pegava um trecho da Pinheiros no sentido contrário até culminar outra vez, e por fim, no Shopping Eldorado. Medalha no peito, a minha era pela ÉTICA, mas tinha pelo amor, pelo respeito e outros tantos valores que na verdade é o sonho a ser buscado por essa sociedade. Curiosamente alguns deles passaram longe de serem aplicados, mesmo nessa corrida.



Mais uma vez... Só teoria.



sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Por fim, ela!



Essa corrida é uma das que prometo mas nunca cumpro, as datas nunca batiam e sempre tinha uma corrida ou outro compromisso que me impedia de ir. Corrida boa e com preço acessível, mas nunca dava. Esse ano eu resolvi me antecipar e assim programei com bastante antecedência para participar. E fui.
Muita gente havia me falado do percurso cheio de zigue-zague e um montão de subidas, alguma semelhança ()? O dia estava muito bom para correr, nem calor nem frio, nem sol nem chuva. Ainda de quebra encontrei o pessoal do Bosque e fiz um baita baile com os viventes, “cosa fina”.
Comecei tímido, sem graça e logo vi que estava ficando muito para trás. Devido alguns compromissos (que em breve citarei aqui) estou há quase 20 dias sem treinar, mesmo assim não me fiz de sonso e “sentei o pé”.
Realmente é difícil a peleja, começa descendo, sobe por dentro do estacionamento, sai do estacionamento, desce, vira, sobe, sobe mais, vira à esquerda, vai reto, desce, entra outra vez no estacionamento só que do outro lado, vira, vira, vira, vira, vira, sai do estacionamento, desce, desce mais, sobe e daí chega.
Nada mal, apesar de estar sem treino foi uma boa corrida, pretendo repeti-la ano que vem.

Próximo desafio é a Corrida da Paz, até lá!



Desafio em Azul e Amarela... amarelado



Mais uma daquelas corridas que tu resolve ir aos 48 do segundo tempo. O link se abriu e ei fiquei alguns minutos relutando para clicar na “INSCRIÇÃO”, por ser uma corrida gratuita pensei bastante se ia me inscrever ou não. Acabei me inscrevendo e ainda, de quebra mandei o link para pelo menos 5 amigos que também confirmaram presença.
Ainda meio apagado após a maratona fui retirar o kit no sábado lá em Osasco, mesmo local onde a prova se realizou, sem muita fila, tranquilo, só mesmo a distância que assusta um pouco. O Domingo começou com clima agradável, todavia prometia chuva, o que não aconteceu durante a corrida.
Antes da largada encontrei o Diego, o Edu e o Marco, cujo ei enviei o link para a inscrição. Ficamos por ali batendo um papo e logo fomos para a linha de largada. Fui com o Diego batendo um papo sem preocupação. Corrida gostosa, muito boa, exceto pelo fato de nos roubar 1.600 metros. Isso mesmo, a prova que deveria ser de 10 km só tinha 8,400.
Apesar de encurtar a distância a corrida foi agradável, a chuva não veio mas deixou o clima nublado, o que nos ajudou bastante. Corrida concluída, medalha no peito, mais uma.



Próximo desafio 5° Corrida Internacional Shopping, até lá!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

De ressaca, mais uma vez



Pra falar a verdade nem estava muito a fim de correr, mas fui, mais pela teimosia do hábito do que pela questão funcional. Um dos pontos fortes dessa corrida é que ela representa algo especial, pois foi ali, naqueles trechos que decidi um ano atrás fazer uma maratona. Lembrei disso durante a corrida e sorri, pois fiz duas.
Retirei o kit no sábado de forma muito tranquila, a organização é muito boa nessa corrida. No domingo peguei o pessoal e partimos bem cedo. O clima era amistoso e muito saudável. Minhas pernas ainda davam sinais da peleja da semana passada e quase não acreditava que eram só 6km.
Fiz essa corrida de forma bem tranquila, sorrindo e batendo papo com o pessoal, na subida dei um Sprint só pra aguçar as lombrigas, terminei sem pressa e sem tempo, mais uma medalha no peito, mais um encontro com os amigos.
Falando nisso encontrei o Eduardo Acácio por lá e o segundo desafio de 2014 já está proposto: PARANAPIACABA, com chuva, com lama e alma castelhana.

Próximo desafio será o do Carteiro. Até lá.

domingo, 13 de outubro de 2013

Nosso caso de amor e ódio



Era para ter sido há seis meses. Ainda assim porque havia uma pendencia entre ela e eu, pois eu a escolhi para ser minha primeira. Era para ter sido porque eu a desejei desde exato um ano atrás, no dia da corrida do Bradesco que ocorre já essa semana. Eu a imaginei. Era para ter sido, pois treinei duro para conquista-la. E por um triz não me escapou pelas mãos. Era pra ter sido porque era questão de honra pra mim. Era pra ter sido porque no ano passado tive que pegar o caminho mais curto por conta das lesões nos joelhos. E principalmente era pra ter sido porque ouvi dizer que ela era a mais difícil de todas. E é. Era pra ter sido porque eu precisava fazer a manutenção do meu título de MARATONISTA conquistado em junho em Porto Alegre. Era para ter sido sim, e no último domingo eu me vi frente a frente à ela... E me assustei.
E por fim, após tanto tempo, nesse domingo eu escrevi o último capítulo da novela Maratona de São Paulo 2013, que começou como citei acima a exatos doze meses atrás, daí vocês já sabem. Retirei o kit no sábado, junto com a Vivi e o Rodrigo, foi bem tranquilo, pois o Rodrigo deu uma ajudinha e eu passei na frente pois nesse caso eu era preferencial.
Tinha francamente lá minhas dúvidas em torno dessa prova, apesar de ter treinado bem e me preparado psicologicamente. Na noite do sábado para domingo tive um início de crise nervosa e insônia, que me fez acordar às 4h30 e daí por diante foi “um baile” só. Levantei às 5h30 e fui me arrumar. Peguei o Alcides e o Sensei e fomos batendo um papo descontraído até o Ibirapuera. Logo encontramos alguns amigos e nos instalamos na tenda Eco, do simpático amigo Kleber, que sempre dá uma força nos nossos treinos lá no Bosque. Papo vai, papo vem e o Sol resolveu dar o ar de sua graça, sem ser convidado, diga-se de passagem ninguém o convidou para a festa. Daí a premissa de que a peleja seria braba.
Após concentrar-me com um pouco de Vivaldi, coloquei um metal bem alto e fui para a linha de largada, fiquei por ali uns 5 ou 10 minutos até ver o pórtico de largada subir. Já não havia mais aquele desespero de principiante da primeira maratona, isso eu deixei lá em Porto Alegre, mas maratona é maratona, ou vice-versa, e no espaço de 42.195 metros muita coisa pode acontecer. Fui indo e observando alguns rostos conhecidos passarem, alguns não conhecidos, mas felizes também, iam dando passos rumo à ladeira como se nada demais estivesse acontecendo ali. Algumas vezes pensei: “Quero ver esse sorriso na saída da USP.” Ah, a temida USP.
A primeira vitória, e satisfação pessoal vieram logo no quilômetro 06, e abro um parêntese para o discurso do grande amigo Itimura ao dizer que a placa dos 10 km separa homens de meninos, e a placa dos 25 separa homens de loucos. Lembro-me muito bem nessa mesma maratona, ano passado eu tive que passar reto pela placa que separava homens de meninos, eu era só um menino, um menino com CONDROMALÁCIA nos joelhos, um menino que pensou jamais tornar-se homem um dia. Olhei bem para ela e ri, com certo ar de deboche e pensei: “Hoje não. Hoje eu vou para os 42. Hoje eu vou para onde vão os homens-maratonistas”
E fomos nós descendo rumo à Marginal Pinheiros, dava para ver pelos prédios, sempre imponentes que o glamour e o mau cheiro seriam nossos companheiros pelos próximos quilômetros. Não demorou muito enxerguei a Estaiada. Estava lá imponente aguardando todos os corredores de braços abertos, bem como no ano passado senti um nó na garganta ao observar o mar de gente subindo, descendo e sobre ela.
Ao passar pela Estaiada já entrávamos no 11° km, o sol já castigava e deixava bem claro que a essa maratona ia vender muito caro. No final de uma reta quase interminável e uma placa escrita Ibirapuera me fez tremer... Estava chegando.  Peguei a alça de acesso e atravessei para o outro lado da marginal, a “cor” das ruas e a arborização familiar anunciava o inevitável. Nesse ponto tomei o meu segundo gel e segui adiante firme e forte, pois era preciso, ainda sem dores, um pouco, mas nada que me fizesse pensar nisso agora. Avistei a lateral do jóquei e lembrei da Meia de Sampa, bah, como fazia frio aquele dia. Meus pensamentos iam muito longe, ainda era cedo para focar em resistência, dores ou qualquer coisa do tipo, era hora de “desligar”, passei pelo jóquei e ao entrar no túnel reparei a placa cujo dois dígitos marcavam o quilômetro 35. Fiz uma conta bem rápida e conclui que “se ao sair da USP estarei no 34° e acabo de passar pela placa de 35, vai ter um vai e vem terrível”.
Ao passar pelo outro lado, no sentido contrário dava para ver a entrada da USP e a placa de 22. Os quilômetros que se seguiram foram “o silêncio que precede o esporro”, corri quase anestesiado, apesar de todo esforço que demanda uma corrida desse porte eu quase não senti os 4 quilômetros que percorri, minha obsessão era ela. Era chegado o momento, e eu não me fiz de desvalido.
Ao passar pela placa de 20 peguei uma garrafa com água e fui com ela até a de 21, tomei meu terceiro gel e mais uma vez não senti os 1000 metros que me separavam do até então meu algoz, rival e maior desafio.
Entrei com a cabeça erguida e firma, no lugar, a placa de 33 no sentido contrário anunciava que oficialmente acabara de ter início a “Batalha da USP”, a “Corrida Dentro da Corrida”. Em minha primeira maratona eu dividi a prova em três partes, com metas diferenciadas.  Em especial um das mais difíceis era entre os quilômetros 25 e 35, pensei que se chegasse de volta ao Gasômetro, certamente eu ganharia a maratona. Dessa vez o triunfo seria a USP por tudo o que falaram dela, por tudo que planejei ali, pela solidão, o sol, o vai e vem, o zigue-zague, e a chegada dos 25 km, que me fez tomar um baque.
Cometi dois erros bobos que quase me custou a maratona, primeiro que planejei – e treinei – tomar um gel a cada 7 km, acontece que só coloquei no bolso 4 sachês, ou seja, se tomasse um gel dentro da USP faltaria um lá na frente. Do ponto de vista psicológico isso fez diferença. Outro erro que cometi é que não considerei que no treino, com a mochila de hidratação eu tenho água sempre que precisar, mas na prova não, isso quer dizer que passei o 28° quilometro sem tomar carboidrato.
Antes de entrar na Politécnica veio minha primeira injeção de ânimo, a Claudia e a Bia estavam lá para dar uma força para os amigos. A Bia é uma guria pra lá de especial, que mesmo com suas limitações consegue ser a corredora mais feliz e charmosa que conheço. E a Claudia, sua mãe é uma pessoas muito simpática, que envolve à todos com seu carisma, dei uma abraço nelas e disse que estava com muitas dores, mas era preciso seguir.
Eu tinha traçado uma meta pessoal, que era não caminhar dentro da USP, eu tinha apenas corrido até agora, e não queria esmorecer ali. As dores já me consumiam, a panturrilha queimava, e as dores na virilha apareceram sem avisar. A USP não é tão temida a toa, ali dentro além de tudo tem a marca que separa homens de loucos, a marca dos 25 realmente é um teste para poucos, e, principalmente loucos. O problema é que enxergar um pórtico de chegada a essa altura é como ver um lago azul e cristalino no meio do deserto. Sim, uma miragem. Pessoas erguendo as mãos, recebendo seus parabéns, com suas medalhas no pescoço tomando água fresca – e não a quente servida durante a corrida, alguns deitados no chão, outros indo para o ônibus, na sombra tomando um isotônico e eu ali, correndo e me restando ainda 17 quilômetros para chegar. Senti vontade de para ali sim. Mas segui, minha batalha pessoal dentro da USP ainda estava em andamento. Essa “marra” me custaria muito caro, talvez eu devesse ter dado uma parada para esticar, mas não quis, e as dores aumentaram, se seguisse dentro da proposta a “parada” seria após a placa de 34. Na passagem do 29  para o 30 tive uma agradável surpresa, meu telefone tocou e era a Viviane, dizendo que estava me esperando lá na chegada, junto com meus sobrinhos e minha irmã Alessandra. Muita emoção, gás renovado, vamos em frente.
Não demorou muito começou o ir e vir, entra em rua, sai de rua, curva para a direita, curva para a esquerda, zigue e zague, ir e vir, entra em rua, sai de rua, curva para a direita, curva para a esquerda, zigue e zague, ir e vir, entra em rua, sai de rua, curva para a direita, curva para a esquerda, zigue e zague, ir e vir, entra em rua, sai de rua, curva para a direita, curva para a esquerda, zigue e zague, ir e vir, entra em rua, sai de rua, curva para a direita, curva para a esquerda, zigue e zague, ir e vir, entra em rua, sai de rua, curva para a direita, curva para a esquerda, zigue e zague, ir e vir, entra em rua, sai de rua, curva para a direita, curva para a esquerda, zigue e zague, ir e vir, entra em rua, sai de rua, curva para a direita, curva para a esquerda, zigue e zague... Aquilo não terminava nunca. Ai que inferno!
E depois disso tudo, por fim, escutei um “professor”, de uma dessas assessorias esportivas gritar: “vamos galera, já vai passar a placa dos 34”. Isso significava, pra mim, uma vitória pessoal, a Batalha da USP havia terminado, e eu estava saindo vencedor. Ao passar pela portaria tentei sorrir, mas não teve graça alguma, como citei anteriormente deveria ter parado para alongar, talvez estivesse com menos dores, mas não o fiz, e o preço estava sendo pago. Resolvi não parar até a placa de 34, onde por fim, fiz um “Pit stop”.
Lá pelas bandas do trigésimo quarto havia um posto de isotônico, tomei 2 sachês, o que me aliviou um pouco, continuei caminhando. Correr ainda estava em meus planos? A caminhada foi até o próximo posto de água. Tomei meu último carboidrato e parei para alongar. Fui até a mureta próxima e fiz o que pude, as dores estavam chegando aos limites suportáveis, ou onde achava que ainda suportaria. Após alongar segui andando, um quilômetro era minha meta, precisava dar um tempo.
Entrei no mesmo túnel que tempos antes alocava a placa de 35 e fui em direção à ela, cheguei a pensar, francamente em terminar a prova andando, não havia a menor chances de voltar a correr. Passei pelo posto de “frutas secas” e me deram laranjas... Isso mesmo, laranjas. Achei estranho, mas aceitei de bom grado, nessas alturas valia tudo. Os ânimos estavam repostos e tentei voltar a correr.
Tive muitos inícios de cãibras, nas coxas e panturrilhas, pensei que ali findaria o sonho da Maratona de São Paulo, mas ao continuar a correr senti que iam diminuindo até quase desaparecerem. Isso é claro, graças ao meu intenso trabalho de fortalecimento muscular. Valeu mais uma vez Clebão. Entrei no túnel Jânio Quadros após a placa de 36. Bah, faltava muito pouco e eu precisava terminar, seis quilômetros é muito pouco mesmo, mas não para quem já correu 36. O túnel é terrível, outro vira-vira e pior, gente gritando. Como esse povo conseguia forças para gritar? Deve ser adrenalina, pois bem sabíamos que ao chegar ali era praticamente certo de que a linha de chegada seria cruzada. Fui colocando freneticamente um pé na frente do outro até enxergar, por fim, a “luz no fim do túnel”. Não sem antes uma subida nos padrões “fodásticos”. Par minha surpresa a placa de 40 já poderia ser vista, mais uma ligação da Vivi e a certeza de que independente de qualquer coisa eu precisava continuar correndo. Muitas pessoas já eram vistas por ali dando os parabéns à todos que passavam.
A emoção tomou conta, aquele sentimento de completar uma maratona me preencheu outra vez, revivi Porto Alegre, que sentimento maravilhoso, como é bom ter outra vez a certeza de que tudo valeu a pena e que mais uma história acaba de ser composta, é a certeza de que tudo o que foi feito ecoará na eternidade. Mais uma vez MARATONISTA.
Fiz a curva à esquerda cujas visões principais temos do lado esquerdo o Ibirapuera e à frente o Monumento aos Bandeirantes       . O último posto de água coincidia com a placa de 41 quilômetros ainda nessa reta final havia muita gente se “espremendo” para que pudesse completar a maratona. A última curva se apresentava à minha frente e ao passar pelos Bandeirantes segui reto rumo a glória redentora. Contornei lateralmente o Ibirapuera em busca daquele que seria meu último e mais delicioso esforço, ao avistar MINHA FAMÍLIA me aproximei e ganhei, além de um beijo da Viviane o sorriso e o abraço de meu filho. Foi uma das sensações mais maravilhosas que já tive. O peguei e segui fui completar a maratona, ele ia dando uns gritos, um misto de emoção por viver algo inédito em sua vidinha, ou por estar ao lado do pai. Duas certezas eu tive àquela hora: a de que ele não sabia de fato o que estava acontecendo ali e sua real importância e que um dia ele teria orgulho de mim, por tê-lo inserido em um momento único e tão fascinante. E com ele no meu colo cruzei a linha de chegada. MARATONISTA, outra vez! Eu a amo e odeio ao mesmo tempo. Ela me maltrata, me machuca, ainda assim não sai da minha cabeça. Quanto mais ela me bate mais eu a amo. Esse é o nosso caso de amor e ódio, assim somos nós... A Maratona e Eu.

Obrigado, meu filho, por fazer de mim um homem tão forte. Mais uma vez eu corri por ti, meu guri!















sexta-feira, 11 de outubro de 2013

24 horas e 16 km



Como parte de meu treinamento para a Maratona de São Paulo, no domingo dia 21 de setembro participei da Corrida 24 Horas na Pista, iniciativa da Prefeitura de São Paulo, por conta da Virada Esportiva.
Fui nessa prova ano passado, mas em equipe, como me F*$#@*& dessa vez resolvi fazer solo. Pensei em fazer 30 km, uma vez que ainda estava no pique, mas pensando bem...
O dia amanheceu nublado, cinza e sem graça, para piorar no meio do caminho começa a chover, e como “gato escaldado” pensei em voltar e dormir um pouco mais, assim levantaria mais tarde e faria meu treino. Em seguida resolvi não deixar para depois, já estava ali mesmo.
Retirei meu kit sem maiores problemas, não havia ninguém mesmo, comecei a correr por voltas de 8h e ao longo que fui rodando percebi que os 36 km da semana passada ainda estavam fazendo diferença. Essa corrida foi no mínimo estranha, por todos os moldes que a cercou. Chuva, frio, garoa, o corpo reclamando e a pista que não ajuda muito. Não sei bem o que é mas tem uma “areia” preta, ou uma terra, sei lá, que gruda no tênis e na meia, bem como na pele e haja saco para tirar aquilo. Isso foi me incomodando durante todo o decorrer da atividade. Além de tudo, meus planos era fazer um treino longão com o Alcides, mas infelizmente o mesmo não pode estar presente, correu no sábado. Assim sendo fiz rapidinho algumas contas e resolvi rodar apenas 16 km, 10 milhas, ou 40 voltas.
Foi um bom “treino” acho que forçar agora não me fará bem, afinal são apenas 15 dias até a maratona, e meu maior treino foi semana passada. Convém repousar e deixar o corpo ir se familiarizando com o que vem por aí.
Semana que vem vou para me “refúgio”, fazer o último treino que resta até o tão aguardado dia. Na estrada municipal Ary Jorge, um lugar bucólico e tranquilo, propício para quem quer repor energias, apesar de ir lá gastar alguma. É momento de esfriar a cabeça e olhar para o futuro, de correr em meio à natureza, gente simples e alguns cachorrinhos que insistem em me seguir latindo para me assustar.

Até lá...