terça-feira, 16 de julho de 2013

Pseudo-Revolução, mas com corrida.




Na terça-feira, dia 09 de julho aqui em São Paulo além do feriado da “Revolução de 32”, que de revolucionário não teve nada. Aconteceu a etapa Autódromo do Circuito Popular de Corridas de Rua de São Paulo. E eu estive lá. As inscrições foram gratuitas, e pelo site demorou por volta de 2h30 para ser efetuada, de tanta gente que tentava realizar. Mas valeu a pena, pois foi muito bom correr lá.
O único diferencial, que tenho e devo criticar, é que dessa vez o kit deveria ser retirado no dia anterior. Mas eu disser que isso ocorreu porque a empresa que organizou essa etapa foi a Yescom vai surpreender alguém?
Na terça o dia amanheceu frio, mas muito frio mesmo, e após quase 1 hora de carro tive que sair para enfrentar uma fina e cortante garoa. Não foi tanto assim, pois o calor humano de uma corrida é algo de outro mundo.
Logo encontrei todo o pessoal do Bosque e fizemos a maior festa, inclusive fiz a primeira parte da corrida ao lado da simpaticíssima Sandrinha, aquele anjo de mulher que um dia salvou minha corrida em Jundiaí (http://ironmangfbpa.blogspot.com.br/2012/06/todossabem-que-o-coracao-de-um-corredor.html), inclusive alguns dias antes da Maratona ela veio falar comigo e disso que tinha certeza que eu completaria minha meta. Quem não conhece está perdendo, pois é um alma iluminada.
A corrida tinha 4 km para quem dava 1 volta e 8,5 para quem faria duas voltas, como no meu caso. Quando pisei na pista me veio muita coisa na cabeça, eu acompanhei por muito tempo as corridas de Formula1, não só na época do Senna, mas  eu gostava mesmo, confesso que ultimamente não vejo graça alguma nisso, mas foi realmente emocionante correr ali, naquela pista.
Me surpreendi muito com a corrida, principalmente por conta da altimetria, barbaridade, pela TV não parece que aquilo sobe e desce tanto, juro que achava que era uma reta só...  Fala sério.
Corri de forma tranquila e agradável, sem pensar em tempo ou desempenho, o negócio era realmente terminar bem.
Acredito que um ciclo encerrou-se, e de fato é isso mesmo. Precisava terminar essa maratona no primeiro semestre, e foi a todo custo, e foi um alto custo, na fatura veio até pneumonia. Mas agora já chega, inicia-se uma nova etapa, agora mais madura, já sei o que é ser maratonista e respeito muito essa distância, mas não muito, tem de correr risco com segurança, mas tem. Agora estou mais maduro e consciente, sei das limitações e sei como as coisas funcionam. Acredito que tenha atingido um ponto bem alto, onde é preciso parar para recarregar energias e repensar muita coisa, não estou mais tão ansioso por corridas como em outrora, agora corro de forma mais segura, consciente e funcional, a corrida é a aliada e não o grilhão.
Nessas férias estou correndo menos, mas não me sinto mal por isso como no ano passado. Acho que aprendi mais essa com a Maratona, fiquei mais seguro e maduro, mais firme e melhor, agora corro suave e tranquilo, sem ter que provar nada à ninguém, ou melhor, à mim mesmo.

E vem mais novidades por aí...











Mais um na lista do legado.

E a Maratona hein? Aprontou mais  uma essa linda....
Como professor de História, que sou, e amo ser já li realmente muito, mas muito mesmo, mas de tudo que já li uma das frases que mais me marcou e aplicou-se de fato à minha vida foi no último livro que li, inclusive durante minha preparação para a Maratona, foi a frase do Dean Karnazes na qual ele diz: “Cruzar a linha de chegada de uma maratona pela primeira vez é um ato que tem consequência pela vida toda”. E de fato é.
Hoje faz exatamente um mês desde ó dia que completei minha maratona. e pasmem, ainda sinto as dores do parto. Tudo bem que em seguida dessa empreitada eu não fiz tudo o que deveria, não guardei os devidos descansos, trabalhei muito e ainda fiz algumas provas, inclusive uma meia maratona. Deu no que deu...
Não quebrei na maratona, mas durante o processo tive overtraining, ainda sim fui firme. Mas como citei na postagem da maratona, eu respirei o gélido – e maravilhoso – ar do inverno gaúcho durante as mais de 4 horas de corrida, além dos dois dias que ali estive, além disso na semana seguinte corri uma meia maratona, aqui em São Paulo, com uma temperatura ainda menor, mas com o agravante de uma garoa finíssima, sem nenhuma condição de fazer isso. Um hora a conta ia chegar, e chegou...
Além de abrir mão de duas corridas que estava inscrito ainda tive que abortar diversos treinos. Abri mão das corridas por dois motivos, por não aguentar mesmo correr – falta de pique – e por causa do frio. Como disse anteriormente aquele ar gélido – e maravilhoso – de POA me faria pagar um alto preço.
E para outorgar os fatos, no dia 09 de julho fui à Corrida do Autódromo e corri com uma temperatura por volta dos 10 graus com garoa fina contra o peito. O resultado disso tudo? Broncopneumonia.
Essas férias estão sendo diferentes, da mesma no ano anterior, onde estava lesionado e triste, acabo de correr uma maratona, cujo era a maior meta do ano e da vida. Estou nadando, que era também, um antigo desejo e fazendo musculação, mas tudo com muita moderação, sem treino pesado, só coisa leve, e correr? Por enquanto quase nada, faz 7 dias que corri e só volto a fazer isso no domingo, dia 21.
Estou dois dias de molho, sem nenhuma atividade para curar esse pulmão, que tanto preciso e gosto. Amanhã, dia 17 volto aos treinos leves, um pouco de musculação e natação, corrida só domingo, além do que estou com dificuldades para respirar, as vezes me falta o ar. Para dormir tem sido terrível, mas no fundo sinto uma enorme gratidão por tudo isso, isso significa que tenho uma história para contar. E que lindo será quando, daqui alguns anos eu contar que tive até pneumonia na preparação da Maratona de Porto Alegre.
Cosa rica e buena.



Preservar a natureza e, principalmente a saúde.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Te cuida, tu é o próximo.

De tudo que aprendi após todo o processo da minha primeira maratona, uma das maiores lições que carregarei comigo – e será a maior dica que darei ao meu filho – é que não se subestima 42.195 metros. Já vi maratonista experiente e veterano sendo derrotado por esse percurso, portanto todo respeito com ele. Mas é preciso ser audacioso e petulante, também.
Eu sabia que de uma forma ou de outra conseguiria completar a Maratona de Porto Alegre, pois eu treinei, me preparei muito. Ainda me lembro das palavras da minha irmã assim que ela me viu com a medalha: “EU sabia que ia conseguir, porque senti segurança nas suas palavras”. E é bem verdade, eu estava muito preparado, por isso consegui.



Hoje, dia 04 de julho fiz, por fim, um treino regenerativo, rodei 10 km bem na manha, sem tempo. Já penso, é claro, nos próximos 42 km da Maratona de São Paulo, dessa vez com um novo percurso, que será meu próximo alvo.



Outra novidade tri-legal é o início dos meus treinos de natação. De fato alcançaram todas minhas expectativas. Aprendi os movimentos de pernas no nado crawl e costas, mas já deu pra sentir o quanto é bacana, uma pena não ter ido antes. Já penso em algumas provas de natação para realizar, e claro, uma de minhas metas é o IRONMAN, que batiza esse blog.

Para a Maratona de São Paulo não vou mais me meter de cabeça em planilhas e mais planilhas, vou fazer meus sagrados longões e vou mandar bala, uma vez que aqui onde moro existem percursos para treinos recheadíssimos de subidas. Lá vou eu outra vez, corredor gosta realmente de sofrer.