sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Sãosilvestre-se você também.




As verbalizações estão por toda parte, em alta. E olha que já não são poucas: Caetane-se,  Olodunze-se, Buarque-se, e...




De modo que aproveito a ocasião para criar outro: “Sãosilvestre-se”. E todos deveriam sãosilvestrar-se ao menos uma vez na vida, pois é muito emocionante. Sou do tipo que cultuo minhas tradições, e bueno... Adoro. Pelo segundo ano consecutivo participo da corrida mais tradicional do calendário nacional, não é a mais antiga, uma vez que a Volta da Penha bateu a marca, mas é a mais afamada. Mas dessa vez teve algo diferente...
Recebi há algum tempo o convite da Cláudia, criadora do grupo KLABHIA o convite para fazer parte do grupo do “Pelotão da Alegria”. KLABHIA é um grupo de corredores que milita pela acessibilidade no esporte, a Bia, filha da Cláudia é especial e participa de diversas corridas levada por sua mãe, e por isso mesmo “briga” pela acessibilidade nas corridas de rua. De fato existe certo descaso com os portadores de deficiência, os cadeirantes que tem um lugar reservado são, geralmente os da elite, cujo sobre eles brilham determinados holofotes, os demais não tem os mesmo mimos, por isso p trabalho da Cláudia é tão importante. Mas ela não peleja só não. Existem outros cadeirantes, e principalmente não cadeirantes – geralmente familiares e amigos – que brigam junto por corridas mais plurais.
A Cláudia foi caprichosa, mandou confeccionar medalhas para todos os corredores – que ela chamou de anjos – que confirmaram presença no Pelotão da Alegria, e ficou faceira que só vendo.




Saí de casa por volta das 6h30, pois não queria pegar trânsito, tampouco encontrar contratempos no caminho, deixei o carro no estacionamento e fui de metrô rumo à Paulista. A emoção é grande, essa corrida me leva à reflexão de tudo que vivi, e esse ano foram duas maratonas, fruto de muito treino e estresse, cansaço e a ausência do primeiro aniversário do meu filho. Ao pegar a escada rolante que dava acesso à Avenida meus olhos se encheram de lágrimas, e não fiz nenhuma questão de me conter. Logo me reuni ai pessoal no ponto marcado e comecei a sentir a boa atmosfera local, encontrei mais pessoas do que poderia citar aqui nessa postagem, nem vou citar para não ser injusto com alguém, mas vi e revi muitos viventes corredores.




A largada foi dada, ACREDITEM, um minuto antes do previsto. Mas bah... no horário certo já seria um feito épico, que dirá antes do previsto. Como eu não estava correndo sozinho fiquei esperando pra largar lá no final, ainda assim mesmo que quisesse eu não conseguiria coisa melhor, pois estava muito cheio mesmo. Junto com a Bia tinha outros três cadeirantes, sem contar os que foram sendo agregados no caminho, uma hora eu contei 8 no nosso pelotão. Passamos finalmente no tapete às 9h55 minutos, o sol já castigava sem pena. A São Silvestre por si já é emocionante por muito fatores, um deles fica por conta do público que vai nos assistir, eles aplaudem, gritam incentivam e isso é muito legal, mas dessa vez foi diferente, pois na hora que passávamos empurrando os cadeirantes os aplausos e os gritos ganhavam forças. A emoção não poderia ser maior, o início da corrida ainda é acompanhado por um narrador carismático e democrático que faz a coisa ficar ainda melhor, sem contar a trilha sonora de Carruagem de Fogo. Quem não conhece aquele “tã, tã, tã, tã, tãããã, tã...? Mas logo a graça acaba, pois nos damos conta que tempos que correr 15 km, e isso não é fácil, a euforia do início vai se findando lá pelo quilômetro 2,5 e começa a peleja de verdade.




Como citado anteriormente o calor estava pegando, mas dessa vez as coisas aconteceram de forma diferente, uma vez que quando estou correndo por mim, minha cabeça vai voando, fico pensando o quanto já corri, o quanto falta, o calor e coisas do gênero, mas dessa vez estava correndo por muitos, e era uma tarefa e tanto. Tínhamos que ir gritando, pedindo passagem, tomando todos os cuidados para não causar nenhum acidente ou imprevisto, já que se trata de um triciclo, tem uma mecânica complexa que pode sim, machucar. Na maior parte do tempo o problema não era apenas empurrar a cadeira, tínhamos que manter todos juntos, mas com o passar dos metros o grupo ia se dispersando, ora por um ter um pace maior que outro, ora pelas paradas necessárias para a segurança dos cadeirantes, dos acompanhantes, ou até mesmo para pegar água – fervendo, dava para tomar chimarrão –. De fato era uma tarefa árdua, mas ninguém, repito, ninguém fez cara feia ou corpo mole.
Nesse meio muitas histórias são reveladas, um de nossos agregados, tinha sem dúvidas uma história no mínimo “maluca”, os dois eram deficientes visuais, o que estava empurrando a cadeira tinha uma perda total da visão, o que ia sentado tinha apenas uma visão parcial e ainda era portador de retardo mental e falava com extrema dificuldade. Ambos eram de Belém do Pará e estavam fazendo por onde ter viajado tantos quilômetros para se “sãosilvetrarem”. O que mais me chamou atenção é que ele me pedia toda hora pra jogar água na cabeça e nas costas dele, e uma hora ele me disse, eu não enxergo nada, e ele – o cadeirante – não tem movimentos das pernas, portanto eu sou as pernas dele e ele é os meus olhos. E eu que estava já com dor nas panturrilhas não tive coragem nenhuma de fazer qualquer tipo de reclamação.
Com todas as tarefas que nos cabiam fomos indo adiante, tudo estava dando certo e a São Silvestre já caminhava para seu final. Veio a Brigadeiro, que pra mim não quer dize nada, na boa, é uma subidinha, sem terror, sem pânico, o povo superestima demais essa parte, já peguei coisa muito pior. E então ao chegar em seu final já dá pra enxergar os prédios e as antenas da tão citada avenida. Curva para a direita e entramos, por fim, na Paulista. Vários aplausos, muitos aplausos foram ouvidos nessa hora, a emoção toma conta de todos, sem dúvidas. A Bia inclusive levantou e cruzou a linha de chegada caminhando.
Além da medalha tradicional ganhei uma de mérito dos bravos, só para quem teve a coragem e a honra de ajudar aqueles que não poderiam por si só estar lá participando da festa, mas ainda assim se “sãosilvestraram.”




Sãosilvestre-se você também, vale muito a pena. E que em 2014 os quilômetros se multipliquem. E há de vir muitos e muitos. Até lá.














quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Terceira Temporada


Após muita procura aqui e ali, decidi deixar assim o calendário da terceira temporada, como citei no post anterior a terceira temporada será ainda mais técnica que a segunda - já que a tendência é melhorar sempre - e por conta de planos profissionais não vou para a ultra. Precisei optar entre ela e uma nova graduação, e preferi fazer um investimento a longo prazo, valerá a pena, lá na frente terei muito mais condições para a ULTRA e para o IRON.

1.    25/01/2014 – Troféu Cidade de São Paulo – 10 KM
2.    02/02/2014 – Corrida de Reis São Caetano do Sul – 10 KM
3.    08/02/2014 – Night Run Twist – 10 KM
4.    15/02/2014 – Volta Pedestre Cidade de Itu – 10 KM
5.    23/02/2014 – Meia Maratona de São Paulo  – 21 KM
6.    ??/03/2014 – 15 km de Barueri – 15 KM
7.    23/03/2014 – Meia Maratona Amil Campinas – 21 km
8.    ??/04/2014 – Meia Maratona Corpore – 21 KM
9.    ??/04/2014 – Circuito SESI – 10 KM
10.  13/04/2014 – EcoDuathlon – 05, 20, 05 – KM
11.  18/05/2014 – 28° Tribuna FM – 10 KM
12.  ??/05/2014 – Corrida da Amizade Nippon – 05 KM
13.  25/05/2014 – Mizuno Half Maraton – 21 KM
14.  ??/06/2014 – Circuito SESI – 10 KM
15.  27/07/2014 – Maratona Caixa do Rio de Janeiro – 42 KM
16.  03/08/2014 – Golden Four Asics – 21KM
17.  ??/08/2014 – Juventus Viva Mooca – 10 KM
18.  ??/08/2014 – Circuito SESI – 10 KM
19.  19/10/2014 – Maratona Internacional de São Paulo – 42 KM
20.  ??/10/2014 – Circuito SESI – 10 KM
21.  09/11/2014 – Corrida Internacional Shopping – 05 KM
22.  07/12/2014 – Corrida Internacional Cidade de Guarulhos – 05 KM
23.  14/12/2014 – Sargento Gonzaguinha – 15 KM
24.  31/12/2014 – 90° São Silvestre – 15 KM


sábado, 28 de dezembro de 2013

Premissa da terceira temporada

Como já tradição por aqui a semana entre o natal e o ano novo é o momento de começar a pensar o calendário do ano seguinte. É também momento de repensar tudo, o que deu certo, o que não deu o que precisa ser melhorado.
Nessa mesma época, um ano atrás eu estava debruçado sobre tempos, metas e planilhas, meu maior desejo era fazer uma maratona, fiz duas, e só não fiz a terceira por que no dia da Maratona de Curitiba tive que prestar um concurso, cujo fui aprovado, ou seja, todas as metas que tracei eu alcancei, com exceção de fazer o sub 20 nos 5km, mas até aí... Nem ligo.
Como citado acima, as metas mudam, isso que é legal nos esportes que pratico, existe uma variação muito grande, o lastro de opções é muito grande, e dessa forma fica impossível cair na rotina, quer dizer, até é, mas com um pouquinho de esforço e de cabeça tu consegues resolver isso com facilidade.
Alguns planos mudaram, começarei uma nova graduação ano que vem, dessa forma ficarei um pouco sem tempo para treinar. Uma coisa é fato, na primeira temporada eu fiz muitas corridas, de fato, estava empolgado e tal, na segunda já fui mais técnico, desse modo menos corridas e mais treinos, a terceira temporada será com menos corridas ainda, só que com maior intensidade, vou priorizar as meias maratonas, e claro as maratonas.
Mas foi um ano muito produtivo, repleto de realizações e feitos que me ensinaram muito, como bem disse Dean Karnazes: “O dia que completa sua primeira maratona é o dia que mais aprende na sua vida. Completar uma maratona é algo que tem consequência para a vida toda”. E é, de fato é. Como eu fiquei mais seguro e confiante depois desse ano, foi o ano que descobri que sou capaz, que posso desde que que me empenhe. E assim seguirei.

Para ilustrar esse post publico abaixo a foto com todas as medalhas desse ano:





E aqui todas elas juntas... Dois anos de muita dedicação empenho e conquistas...



Me lembro perfeitamente que quando eu passava pelo corredor do quarto e via essa planilha as vezes setina raiva dela, afinal de contas elas representava uma meta, que quase sempre demandava muito esforço, por outro lado ver os dias passando os "OK" ou "OFF" indo a diante fez toda diferença.







E falando em temporada, abaixo uma demonstração de como as coisas mudam durante a temporada. Muitas corridas aparecem, alguma irresistíveis, outras por puro impulso. Impossível manter inalterado o calendário:

Como era:




Como ficou:






Em breve divulgarei o esboço do que pretendo para 2014, no mínimo duas Maratonas. São Paulo é garantida, basta saber se rola Curitiba, Brasília ou Rio de Janeiro.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Computador de pulso...


Depois do feito de Santos Dumont... Inventaram o computador de pulso.





As vezes é necessário abrir mãe de algumas coisas para ter outras, e assim foi o processo que culminou na aquisição do me brinquedinho... E que brinquedo.
Como já relatei aqui em outras postagens, tenho a intenção (ou tinha) de me tornar um triatleta, correr eu corro, nadar eu nado, mas pedalar é outra história. Eu tenho medo, é arriscado. Entendam: uma coisa é pegar sua bike despreocupado e sair por ai pedalando. Outra é pegar sua speed e ganhar velocidade e resistência em um trânsito que é ao mesmo tempo assassino e suicida. Tenho um filho pra ver crescer, oras.
Eu sei, tem muito ciclista que treina tranquilo, em lugares “seguros” (parcialmente), com equipamentos e bicicletas apropriadas. Mas vai dizer isso lá em casa para minha Prenda, Vai?!?
Não é por mim, mas pelos outros, o ciclista é o ponto mais fraco da corda e da “cadeia alimentar” desse trânsito maluco, a vulnerabilidade do ciclista é enorme, poucos respeitam, e apesar de ter muito rodando por ai, EU NÃO QUERO VIRAR ESTATÍSTICAS.
Não estou abdicando, é claro, do meu triatletismo, tampouco abrindo mão da competição que é minha obsessão, e que intitula esse blog, mas o fato é que aqui em São Paulo não existem lugares de fato seguros, ou mais ou menos isso para se treinar bike para competição.
Agora entra a parte da negociação e do brinquedo. Negociei com a Prenda e ao invés da bicicleta (que tirava a paz, o sono e o sossego dela) o tão esperado Garmin.
Adquiri um 405 cx, não vou ficar aqui dando explicações técnicas sobre o produto, pra quem preferir ou quiser saber mais sobre ele, como funciona acesse: http://static.garmincdn.com/pumac/Forerunner405CX_OwnersManual.pdf  e divirta-se. Falarei aqui um pouco do que já experimentei dele.
Pra início de conversa já dá outra motivação para treinar, sério, a coisas fica mais gostosa. Tem o fato de ter treinado errado por muito tempo, como? Simples, sempre utilizei o Map My Run, para saber as distâncias percorridas, até que é legalzinho, mas condiciona o corredor à um único percurso, sem o recurso do improviso, além de nos obrigar a perder um tempão montando o percurso no site. Mas o mais agravante disso é que em relação ao GPS do Garmin existe uma diferença de aproximadamente 1.200 metros, bastante para quem precisa de treinos corretos. Diferença para menos inclusive. Por exemplo, o percurso do Anel Viário que no MapMyRun me dá um trecho de meia maratona, no Garmin marca 19.800 m.
No início é muito complicado, tem que baixar programa, clicar aqui, ali, acolá, baixar programa, registrar isso, aquilo, aquilo-outro e por ai vai. Depois vem a configuração das telas, o manuseio do “arco”, as múltiplas funções e cada hora se descobre uma coisa nova, mas vale muito a pena. Por exemplo, eu tinha acionado o “companheiro de treino”, uma espécie de “coelho” cujo você concorre o tempo todo, o que me fez pensar que eu estava treinando como Usain Bolt.
O meu modelo (405cx) tem diversos recurso que me deixa boquiaberto, após executar todas as instalações devidas ele passa a se ordenar sozinho, basta conectar o “receptor” via USB e rapidamente ele passa a reconhecer, transferir e analisar seus dados-treino. Na primeira página ele te dá quantos treinos foram feitos no corrente mês, quantos quilômetros percorridas, total de calorias e até mesmo “premia” seu melhor tempo nos 5, 10, 21 ou 42 km. Tudo bem desenhado e muito acessível, nada de “bicho de sete cabeças”, além disso você pode “dar o play” e refazer todo o percurso realizado no treino, com batimentos cardíacos, altimetria e o pace médio em cada um dos trechos.




Ufa, e olha que eu não ganhei nem um pila para fazer essa propaganda aqui, acontece que o negócio é bom mesmo, é como correr com um computador no braço, apesar de ser um apetrecho discreto, não chama muita atenção e até parece um daqueles relógios que vem no doce de amendoim.

Recomendado!


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Atrasado, mas com justiça



Não quero entrar aqui em mérito (ou a falta dele) ou demérito de nada ou de ninguém. Nem fazer qualquer tipo de denúncia, embora eu tenha, de fato um sentido de justiça pra lá de aguçado vou deixar pra lá. Não quero arrumar confusão com ninguém, já passou, e já ouvi algumas vezes que tem coisas que é melhor perder do que ganhar.
Chegou, finalmente, meu troféu de primeiro lugar, meu primeiro troféu nesses dois anos de competição. Apesar de tudo eu o mereço porque corri, suei, e participei da competição com afinco, disciplina e mesmo em equipe mereci estar no lugar mais alto do pódio, embora isso me tenha sido sonegado.
Não teve pódio, tampouco pompas, não por falta deles, mas falta de caráter, vergonha na cara e espírito esportivo, de corpo, e principalmente, espírito de companheirismo. As coisas foram feitas na calada da noite, por baixo dos panos. Bom disse que não ia entrar nessas questões e não vou mesmo me alongar, o importante é que mesmo tarde o feito foi reconhecido.

Então é isso, meu primeiro troféu, pouco além de um ano mais tarde está em seu devido lugar, embora muito diferente do que foi entregue para organização ele simboliza uma conquista, e o que ele simboliza é o que de fato entrará para os anais de minha história. É o que vou contar para meu filho um dia.

O friozinho na barriga



Um dia sem qualquer pretensão estava à toa na internet e vi a postagem de um amigo (http://numerodepeito.blogspot.com.br/) anunciando um Aquathlon. Que diabos! Será que sou capaz?
Embora eu tenha entrado na natação com o propósito de nadar em competições oficiais sempre que penso em enfrenta as águas me dá um baita frio na barriga. Frio na barriga é um eufemismo para PÂNICO. Preciso controlar isso, mas com o tempo eu aprendo, já estive bem pior.
Aceitei o desafio, que era gratuito, ou melhor, tinha que trocar a inscrição por um brinquedo. Justo! Fui à prova “dos homens”, nada de ficar com “percursinho”, fui junto com os demais para a prova “máster”. 500 metros de natação e 3 km de corrida. “Uma barbada. Já fiz coisa pior em minha vida.” Foi o que pensei, mas estava enganado. Não que tenha subestimado a natação, mas não tinha noção do que poderia acontecer. Cheguei cedo, beeeeem cedo mesmo. Troquei o brinquedo pelo kit que vinha com camiseta, número de peito e, que orgulho, uma touca de natação. Parece bobo, mas é simbólico, ganhar uma touca no kit pra mim representa uma mudança, uma evolução. Me deixou orgulhoso.
Fui para a área de transição arrumar as coisas, tive meu braço marcado com o meu número de competidor, mais um ato simbólico que me deixou orgulhoso, lembrei dos IRONMANS com seus braços marcados como se fosse à brasa indo pra dentro do oceano. (Sei que me empolguei, mas é isso mesmo)
Lá encontrei o amigo Cláudio Rinaldo do blog que citei acima, cujo foi dele a publicação que acabei esbarrando e me inscrevendo, aliás, o Cláudio faz quase que um trabalho de divulgação de provas, sempre antenado mantém um blog ativo em prol do esporte, divulga suas marcas, provas e nos deixa sempre alerta sobre provas que valem a pena se inscrever. Grande pessoa, que briga pelo esporte, triatleta e Ironman.
Meu número era bem sugestivo, portei o 42, marca mística, sonho da maioria dos corredores. Larguei na segunda bateria, um pouco antes reparei que a maioria dos competidores estava “com medo” da temperatura da água, eu não me “fiz de leitão para mamar deitado” e pulei de cabeça para quebrar o gelo. Quase morro, é verdade, mas não fiquei de frescura.
A buzina soou e nos jogamos, meu maior problema desde o início foi de nadar na diagonal, por falta de malandragem, técnica e experiência em com petição de natação eu senti essa dificuldade. Desde o início aprendemos que devemos nadar alternando as respiradas, e sempre para o lado, NUNCA para a frente, mas isso eu só soube depois. E como se faz para enxergar a boia e fazer as diagonais? Tive que parar muitas vezes para pegar o rumo certo, e, além disso, por duas vezes entrou água nos meus óculos, o que me atrasou. Apesar de tudo posso dizer com orgulho que eu sim nadei os 500 metros que deveria, um monte de “espertões” na hora que se sentiam cansados andavam na parte rasa da piscina, assim fica fácil.
Em minha bateria largaram 25 viventes, e fui o último a sair da água, isso porque nos últimos 100 metros, a última reta e larguei mão da boia e nadei em linha reta, tendo como referência os azulejos da piscina. Isso ainda me fez caminhar depois de ter terminado o percurso para sair corretamente na área de transição. Fui o último mas não me deixei abater, fui correr.
No caminho ainda avistei o Cláudio que ainda brincou comigo me orientando a não esquecer de tirar a touca para correr. me vesti e fui para a corrida, sei que faço isso de maneira mais natural do que nadar, todavia o que não imaginava é que eu “gastei” muito na natação, não tinha ideia para equilibrar as energias entre nadar e correr, isso vem com o tempo.
Como citei anteriormente na minha bateria largaram 25 atletas, e fui o último a sair da água, mas na corrida eu descontei e acabei no 18° lugar, passei seis atletas usando minhas técnicas de corrida e minha resistência (resiliência) de maratonista. Não era uma “competição” nesse sentido, mas terminar em último é F*&¨%$#.
Fiquei feliz com o resultado, não do 18°, mas da coragem que tive de começar a enfrentar o medo de nadar, sei que ainda falta muito, e que nadar na piscinas ainda é “café com leite”, águas abertas é outra coisa (ainda me alertou o Cláudio, que por sua vez é um IRONMAN, e tem meu respeito), mas dei o primeiro passo, e agora não vou parar mais.
Fica de lição que ainda tenho que nadar (ou aprender) muito,  muito,  muito,  muito, muito mesmo. Vou treinando e logo mais me enfio em outra peleja. Mas estou feliz.





“Vai... E se der medo vai com medo mesmo.”


Essa frase já me fez ir muito longe, e ainda há muito o que conquistar. 





Mais um aniversário



Há mais ou menos dois anos eu tive uma ideia: “ir ali ao Bosque fazer uma caminhada no tempo livre que eu tinha à noite”. Depois disso passei a dar uns trotinhos de leve, 100, 200, no máximo 500 metros... Hoje sou um maratonista, com especificações em Duathlon, Aquathlon e pretendo já no primeiro semestre do na oque vem me tronar um ULTRA.


Por isso essa corrida é tão especial...

Tinha várias corridas para essa data, mas optei por ela pela sua simbologia. É a única que participo por três anos seguidos, e assim o será enquanto puder, por uma questão de moral, respeito, tradição e ética essa será sempre minha preferência.
Ao longo de seu percurso eu vou lembrando de como me sentia naquela primeira vez que fui para a rua correr oficialmente, meus medos, minhas incertezas e minhas “técnicas” de um principiante que estava morto de medo, mas que foi com medo mesmo.
A diferença é que esse ano ao invés dos 10 km eu fui apenas para os 5, uma vez que ao longo desse ano eu tenho realizado diversas corridas nessa modalidade e tenho observado meus tempos, sempre com a mesma intenção de baixar os resultados. De fato eu sabia, e sei que vai ser muito difícil bater meu tempo dos 5 km da corrida do SESI d Jundiaí, aquele dia eu voei e dei de relho dobrado nos 5km, além do que estou sem treinar devido a diversos compromissos particulares e profissionais. Outro agravante é que esse ano eu treinei muito para longas distâncias, o que obviamente, segundo minha professora de natação (Prô Cileni) me faria perder velocidade, e ela tinha razão.
Não consegui bater meu tempo, até consegui algumas voltas bem passadas, mas não mantive, meu primeiro km foi de 04:28, em Jundiaí meu pace foi de 04:21. Além do mais é sabido de todos que esse percurso tem mais de 5 mil metros, mas.... Era dia de festa, embora a maioria dos corredores jamais correm sem compromisso.
Passei longe do recorde pessoal, mas feliz por ter estado aqui mais uma vez, comemorando dois anos de corridas, dessa vez com musculação, ciclismo e natação incluídos...


Muito feliz e realizado (ainda que quebrado, mas disso dou risadas...).

Paz, mas com restrições


Do jeito que as coisas adam ultimamente, uma corrida com um custo de 20 pilas dá até um susto em nós, ainda mais sendo realizada por uma empresa como a Corpore, com excelência no que faz mas com preços altíssimos. Mas dessa vez fui conferir e me surpreendi. Kit de boa qualidade e uma estrutura nos bons padrões exigidos.
Havia duas opções para a largada, ou ia direto para a largada, na região do Ibirapuera ou ia para a chegada no Shopping Eldorado e lá pegaríamos um ônibus da organização até a largada. Escolhemos – Alcides, Hideaki, Dona Kieko e eu – ir até o mais prático de todos.
Apesar do atraso já habitual e normal pois obviamente fugiu ao controle uma vez que não havia ônibus que liberasse o fluxo de corredores a corrida foi bem organizada. Fui correndo sem maiores pretensões, sem tempo ou pace, somente correndo.
No trajeto fui pensando que essa corrida que se intitulava “da paz” reunia árabes e judeus – pelo menos na teoria – pensei algumas bobagens sobre isso, ri de mim mesmo e voltei a correr apenas.
A corrida pegava um trecho da Pinheiros no sentido contrário até culminar outra vez, e por fim, no Shopping Eldorado. Medalha no peito, a minha era pela ÉTICA, mas tinha pelo amor, pelo respeito e outros tantos valores que na verdade é o sonho a ser buscado por essa sociedade. Curiosamente alguns deles passaram longe de serem aplicados, mesmo nessa corrida.



Mais uma vez... Só teoria.



sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Por fim, ela!



Essa corrida é uma das que prometo mas nunca cumpro, as datas nunca batiam e sempre tinha uma corrida ou outro compromisso que me impedia de ir. Corrida boa e com preço acessível, mas nunca dava. Esse ano eu resolvi me antecipar e assim programei com bastante antecedência para participar. E fui.
Muita gente havia me falado do percurso cheio de zigue-zague e um montão de subidas, alguma semelhança ()? O dia estava muito bom para correr, nem calor nem frio, nem sol nem chuva. Ainda de quebra encontrei o pessoal do Bosque e fiz um baita baile com os viventes, “cosa fina”.
Comecei tímido, sem graça e logo vi que estava ficando muito para trás. Devido alguns compromissos (que em breve citarei aqui) estou há quase 20 dias sem treinar, mesmo assim não me fiz de sonso e “sentei o pé”.
Realmente é difícil a peleja, começa descendo, sobe por dentro do estacionamento, sai do estacionamento, desce, vira, sobe, sobe mais, vira à esquerda, vai reto, desce, entra outra vez no estacionamento só que do outro lado, vira, vira, vira, vira, vira, sai do estacionamento, desce, desce mais, sobe e daí chega.
Nada mal, apesar de estar sem treino foi uma boa corrida, pretendo repeti-la ano que vem.

Próximo desafio é a Corrida da Paz, até lá!