Se um dia
contar aos meus netinhos que fiz um “regenerativo” de 21km exatamente uma
semana depois de correr uma Maratona ela vão me chamar de velho gaga e
mentiroso. Mas fiz.
Já havia
sido paga muito antes de eu decidir fazer Porto Alegre, por isso não poderia
deixar pra lá, acabou sendo quase coincidência. Até pensei em fazer uma
distância mais curta, mas não havia disponibilidade, ou era 21 ou nada.
Eu estava
de “ressaca”, nada de álcool, claro – não muito – acontece que eu fiquei a
semana toda sem mexer um músculo, fui à academia apenas para mostrar a medalha
conquistada pela maratona. Fora isso não corri nenhum metro, além , no sábado
anterior ocorreu a festinha de aniversário de um aninho do Rodrigo, que não
pôde ser no dia 15 devido minha viagem à Porto Alegre, portanto eu não podia em
hipótese alguma economizar, nadinha mesmo. Enfiei pé na jaca com bolo de milho,
amendoim doce e salgado, quentão e vinho quente moderadamente, torta, pé de
moleque e muitas outras guloseimas de festa junina. Ou seja, uma dieta
exacerbadamente irregular para uma MEIA MARATONA.
O domingo
amanheceu muito frio em São Paulo, por volta dos 17 graus mas o vento deixava a
sensação térmica muito menor. Acordei pesado e com sono, uma preguiça
desgraçada, não acreditava mesmo ser capaz de correr uma meia maratona.
Assim que
deu a largada fui com passos pesadíssimos, mas sempre em frente. Não demorou
muito para ter minha primeira decepção, o percurso era de 4 voltas em uma pista
de pouco mais de 5km, o que quer dizer que no final daria muito mais de meia
maratona. Outra crítica que tenho é que o percurso não estava isolado, tivemos
que dividi-lo com dezenas de ciclistas que na verdade achavam que nós estávamos
os atrapalhando. Depois veio o fato de ter muito, mas muito mesmo PIPOCA, essa
raça desprezível que insiste em aparecer em corrida que não é de sua conta.
Para terminar devo ressaltar que o kit era constrangedor, um número de peito
entregue às mãos, com uma camiseta amassada em um saco plástico, nenhuma
frescurinha, nenhum mimosinho para desviar nossa atenção. E no final... Água
quente! Nada de isotônico. Ouvi muitas reclamações de atletas, inclusive um com
mais de 65 anos que reclamava que a organização do evento feriu a lei do
desconto para idosos. Vergonha.
E mais
ainda: essa corrida não foi baratinha, não. O preço estava no nível de corridas
consideradas top.
Resumindo:
NÃO FAÇO MAIS, NUNCA MAIS!!!
Com muita
dificuldade dei três - CHATÍSSIMAS - voltas na pista, e na última tive um
“ataque” e fiz um pace por volta dos 4:30’. Fechei com 2h02, nada mal para quem
correu uma maratona menos de 10 dias atrás.
Grande Ademir.
ResponderExcluirCorrer duas provas longas seguidas não é pra qualquer pessoa, parabéns guerreiro.
Abraço
Rafael Marrone
marroneocorredor.blogspot.com.br