Nada
contra esses badalados treinos, dessas famosas marcas esportivas, ao contrário,
até acho legal, pois promovem o esporte e incentivam cada vez mais as pessoas a
aderirem à prática esportiva e abandonarem de vez o sedentarismo. Mas não é o
tipo de treino que me seduz, não é o tipo de coisa que me chama a atenção. Não sou
definitivamente o público alvo dessa modinha.
“Coisa
da boa” mesmo eu fiz hoje. Aproveitei o feriado e fiz um treino diferente dos
que já havia realizado. Percorri os 11 quilômetros da rodovia Ary Jorge
Zeitune, na região da Capelinha, Próximo à estrada que liga Guarulhos a Nazaré
Paulista.
A
ideia surgiu em conjunto com meu sobrinho-corredor Wesley, que por motivos de
falta de um despertador que preste não foi ao treino, ficou me devendo essa. A
intenção era fazer um treino fora do perímetro urbano, longe de tudo, longe da
poluição, longe das buzinas e, principalmente, longe dos mesmos percursos já
batidos.
Acordei
por volta das 5h, me arrumei e fui sentido a Nazaré, cheguei e fui recepcionado
por um simpático cachorrinho que estranhou muito minha presença, talvez pelo
horário, pois estacionei em frente a um restaurante, que naquela hora estava
fechado. Me aprontei, encarei a estrada e fui.
Foram
muitas as novidades, o piso diferenciado dos que já estou acostumado, a estrada
praticamente deserta, com exceção de um ou outro caminhão que passava
esporadicamente indo ou vindo da cervejaria que fica na região, alguns
moradores locais, que também estranharam minha presença ali, porém aprovaram a
ideia me dando bom dia.
O
cheiro de eucalipto, de mato, de relva e a serração que saia de alguns cumes
davam bom dia ao sol que vinha discreto, todavia já se impunha e também me
recepcionaram muito bem. Foi uma das melhores sensações que já senti, foi um
dos melhores treinos que já fiz, sem dúvidas. Em alguns trechos o único som que
se ouvia (fiz questão de correr sem o MP3) era o das minhas passadas mesclado
com alguns pássaros que cantarolavam felizes.
Ao
me aproximar da cervejaria, que marcava exatamente metade do percurso senti uma
pontinha de inveja de alguns caminhoneiros gaúchos que mateavam seu chimarrão
em uma roda de amigos bem animada, todavia discreta, provavelmente proseavam
algum causo de viagem por esse “mundão
véio sem”. Foi uma invejinha da
simplicidade daquele momento.
Não
é exatamente um treino de rodagem, isso se faz em locais conhecidos e
principalmente com uma altimetria favorável, esse treino é bom para fortalecer
as pernas, pois haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaja subida e descida.
Terminei
o treino de 11 km em 00:59:15. Tudo bem que esse post foi meio poético, sei lá,
romântico, mas é o meu momento. Correr por si só já é um mergulho dentro de si,
é um momento em que se aprende, a corrida libera muito mais que suor, mas
correr em meio à natureza me fez aprofundar ainda mais, acho que mexeu um pouco
com o meu gauchismo, foi muito bom correr lá, volto muito em breve. Fica a
dica.
Otimo treino Ademir !!!
ResponderExcluirIa falar contigo ontem para irmos juntos, mas por conta das fortes dores na perna esquerda não treinei hoje.
Mas ainda quero fazer um treino desses contigo.
Forte Abraço
Léo
www.pisandoporai.blogspot.com
Fala Leo, obrigado pela visita.
ExcluirCara, vamos marcar sim, foi um dos melhores treinos que já fiz, a sensação é ímpar, correr no meio do nada só com o som do tênis non asfalto e dos pássaros.
Assim que estiver melhor me avise, aliás temos uma data para voltar lá, dia 01 de dezembro, sábado. Topa?
Abração!
Olá Ademir,
ResponderExcluirEstrada legal, dá para pedalar lá também? Sabe como é, no caso do pedal há o fator trânsito/existência de acostamento, e é claro, segurança.
Avisa quando tiver o próximo, corrida ou bike.
Abraço!
Claudio Rinaldo
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