terça-feira, 28 de agosto de 2012

Bateu na trave (Outra vez)




Ao pensar na corrida de domingo consigo até imaginar o Pedro Ernesto gritando:

“No pooooooooooooooooooooooosteeeeee. A bola bate caprichosamente no poste e quase o Grêmio marca seu gol. Inacreditááááááááááável, a bola explooooooode no poste.”

 De fato eu não esperava que fosse passar tão perto do primeiro, e tão sonhado sub-50. Assim como eu não esperava os 3 segundos que faltaram para o sub-25 nos 5 km da semana passada. Apesar de ter batido meu recorde nos 10 km eu fiquei com um gostinho amargo – mas não igual o do chimarrão. Baixei, mas não o suficiente.
Quando eu me deparei com a altimetria pensei que qualquer tempo abaixo de 1 hora já seria bom negócio. Antes, gostaria de falar da estrutura da prova, que estava muito bem organizada. O Clube Juventus realmente caprichou, e muito, na organização. Com exceção do atraso na largada, mas vá lá...
Havia muitas provas nesse domingo, mas dei preferencia em correr no tradicional e centenário bairro da Mooca. Formado, inicialmente por imigrantes italianos que tanto contribuíram para o crescimento de São Paulo. Gosto muito desses bairros que trazem em sua alma as características de seu povo, desde a arquitetura, em sua maioria ainda preservada dos antigos bairros de operários, até o estilo pitoresco paulista de ir tomar café na Padoca. Como historiador que sou sei o quanto isso representa para nossa história. Parabéns Mooca. Parabéns à colônia italiana. “Vamo Parmeraaaaaa”. 


("Não que eu pregue qualquer tipo de ódio, longe disso, mas achei interessante uma campanha que uma parte da torcida do Moleque Travesso faz. Resistindo à banalização predatória que destruiu a essência do nosso futebol aguerrido e bravo. O verdadeiro futebol, e não esse coorporativista, capitalista e mercenário que temos hoje em dia. Fica a dica, pois odeio o futebol moderno, também. Esse foi um dos motivos que me fez afastar-me de ser um torcedor, pois não gosto nem um pouco do que assisti nos últimos tempos com o futebol no Brasil.")


Como citei anteriormente a altimetria estava judiando, e muito. Para se ter uma base os quilômetros 3, 4 e 5 eram descendo, em compensação os 6, 7 e 8 eram subindo. Isso mesmo, três quilômetros de subida. A sorte foi que eles capricharam na hidratação, mas o sol que já batia forte nos pregou uma desagradável surpresa em alguns trechos, ainda bem que não foi em todo o percurso. Cheguei muito cansado, cheguei a pensar seriamente em caminhar, mas resisti, vi que ainda dava. Mas em alguns trechos diminui muito o pace, o que provavelmente me custou o sub-50. De fato não é algo tão ruim, pois estou voltando gradativamente de uma lesão bem séria, que me afastou quase três meses dos treinos. Ainda assim fiz um tempo ótimo pra a atual conjuntura. Talvez tenha faltado um pouco mais de resistência para manter o ritmo, ou faltou mesmo a boa e velha perna para completar abaixo de 50 minutos.
Foi capricho, puro capricho do destino me deixar 3 segundos do sub-25 semana passada e agora 1 minuto e 1 segundo acima do sub-50. Bem, na verdade não acredito nisso, foi falta de treino mesmo. Mas o “mel na boca” dos sub-50 me deixou instigado para reverter o quadro e “me vingar”.
De qualquer modo, valeu muito a pena, ainda mais porque encontrei o amigo-corredor Eduardo Acácio por lá, esse cara é um de meus maiores exemplos, e foi lendo seu blog http://porqueeucorro.blogspot.com.br/  que eu me senti empolgado para começar a correr. Além, é claro, de visitar o charmoso bairro da Mooca, que tanto inspira história e instiga a estudar história.

Mas que bateu no na trave, ah... isso sim! Tenho, em breve, algumas oportunidades de “dar esse troco”. Espero relatar em breve minha doce vingança.


O vídeo abaixo é para quem não conhece a narração do Pedro Ernesto. Diga-se de passagem, um dos melhores dias para o verdadeiro futebol gaúcho, e não ao "moderno". 












terça-feira, 21 de agosto de 2012

Hoje não fui o caçador.



Hoje, dia 19 de agosto de 2012 foi dia do Circuito Popular de Corridas de Rua, etapa Jaçanã. Fui com meu sobrinho Wesley, que já participa de seu quarto evento esportivo. Que honra, correndo em família.
Desde o domingo passado eu já havia mirado um “alvo”, que era fazer os 5 km do circuito com um tempo sub 25. E pensei muito nisso, toda a semana. Chegamos no local da prova bem cedo e a retirada dos kit foi bem tranquila, após alongarmos nos posicionamos no local da largada.
Tudo parecia conspirar em favor do objetivo, não havia muitos “pipocas”, nem tanta gente formando os irritantes “paredões” e por isso mesmo eu abri bem logo no início, sabia que poderia dar tudo certo. O Wesley me acompanhou até a placa do primeiro quilômetro (pegou meu vácuo) e dali em diante fui só, mas mirando o sub 25.
Confesso que estava obstinado pelo sub 25, e forcei um pouco além do que estava preparado (a novidade fica por conta dos joelhos, que não deram nenhum sinalzinho de dores). Por volta do quilômetro 3 eu já estava muito cansado, apresentando claros sinais de diminuição do pace, mesmo assim resisti, e quando passei pela placa 4 vi que dava sim, para alcançar o sub 25, e “sentei o pé”, ao passar por uma dupla de stafs perguntei o quanto faltava, e um deles gritou que restavam apenas 300 metros, mas quem disse que eu tinha pernas...
Ao virar a esquina vi o pórtico, dei um Sprint, dentro do meu permitido, é claro, e ao passar pelo tapete olhei pra trás e vi que o digital marcava 00:26:50. Fiquei tenso, pois teria que contar com os descontos milagrosos.
Ao contrário do Circuito Superação, em São José dos Campos, que consegui fazer um sub 60 em um percurso de 12 quilômetros com um tempo de 00:59:59, desta vez eu fui a “caça”, ao ver o tempo oficial fiquei realmente muito frustrado: 00:25:03. Isso mesmo, por três, TRÊSSSSSSSSSSSS segundinhos eu não consegui meu objetivo.
Depois disso fiquei matutando onde eu poderia ter ganho esses três segundos, tentei colocar a culpa em algo, ou alguém, mas como disse anteriormente, a prova foi bem organizada, o problema foram meus próprios limites... Mas por três segundos, é sacanagem!
Depois de tudo fiquei esperando o Wesley chegar e lhe entreguei minha medalha juntamente com um copo de água para ele se hidratar após seu esforço. Depois ele me deu a tua e ficou tudo certo, mais uma vez foi muito legal ter sua companhia. Além de praticar esporte rimos muito, muito mesmo lembrando algumas piadas que não vem ao caso. kkkkkkkk...
O lado bom disso é que ainda estou com esses três segundos atravessados na garganta, e pretendo me vingar em breve. Está ai um bom motivo para procurar logo uma prova de 5 km. O próximo desafio é domingo que vem no tradicional bairro da Mooca, mas agora são 10 km, e para baixar meu tempo na distância que é de 00:51:25 vai ser bem difícil.

sábado, 18 de agosto de 2012

O presente ideal


            
O domingo dia 12 de agosto de 2012 entrou para minha história de vida, jamais esquecerei meu primeiro dia dos pais. Além de ter sido presenteado por minha Prenda com um lindo, elegante e hiper-funcional porta medalhas, tive o orgulho de segurar um pequeno guri e dar-lhe aquele beijo, aquele cheiro, aquela olhada e confirmar mais uma vez que a vida é maravilhosa, que vale muito a pena cada segundo que se passa com um filho. Rodrigo, papai te ama. Meu Rodriguinho, meu Capitão Rodrigo.


            Além desses presentes maravilhosos, ainda tive o prazer e a honra de correr no centro histórico de São Paulo, com amigos maravilhosos, aliás, sem querer a nossa equipe de revezamento da Maratona Pão-de-Açúcar se reuniu hoje. O Alcides e o Sensei foram comigo, e lá no meio da multidão de corredores o amigo-corredor Diego Ronan nos encontrou e por ali ficamos até a largada, conversando e alongando.

            A corrida é sem dúvidas uma das mais tradicionais do circuito Corpore, poucas vezes vi uma corrida tão disputada, não pelo pódio, mas pelas inscrições. Inclusive havia ala só de advogados.
            E lá fomos nós, o Hideaki e eu corremos juntos durante os primeiros quilômetros, a altimetria era pesada e desafiadora, mas reitero algo que já havia falado em posts anteriores: eu adoro subidas.

            Correr pela principais rua de São Paulo foi muito legal, fiz isso pela segunda vez, e foi muito satisfatório, dessa vez o percurso era um pouco diferente do anterior, mas muito mais charmoso, as vezes esquecia que estava correndo e ficava contemplando os principais pontos da cidade, outrora esquecia de observar por onde passava e  focava só nos passos rumo ao pórtico.
Diego - Equipe de Revezamento 

Ademir - Equipe de Revezamento

Alcides - Equipe de Revezamento 

Hideaki - Equipe de Evezamento

            Fechei os 9 quilômetros em 00:51:53, um ótimo tempo por sinal pra quem está pouco a pouco voltando de uma lesão no joelho. Valeu muito a pena, sempre vale corri, comemorei, passeei pelo centro histórico, juntamos a equipe que fará o revezamento Pão-de-Açúcar, e ainda me sinto bem melhor, pois o fortalecimento que estou fazendo com o trabalho muscular parece que está surtindo efeito. Quem sabe na semana que vem não rola um sub-25 nos 5 quilômetros do Circuito Popular do Jaçanã.
Meu presente e minhas conquistas




Minhas medalhas e o meu Guri