Para
terminar em grande estilo essas férias de julho nada melhor que uma corrida.
Nesse domingo, 29 de julho, realizou-se no cento histórico de São Paulo a
Corrida e Caminhada Nippo Brasileira. Trata-se de mais uma daquelas ótimas
iniciativas em que se faz a manutenção da amizade centenária existente entre
Brasil e Japão. Como sou muito fã dos bons amigos japoneses não poderia de
maneira alguma ficar fora dessa.
E
para melhorar ainda mais o clima da corrida, o local da retirada do kit era no
bairro da Liberdade, onde se concentra boa parte dos imigrantes japoneses e seus
descendentes. Trata-se de um local tradicional, famoso e muito legal, têm
japoneses e coisas de japoneses espalhados por toda parte. Muito legal,
inclusive existem muitos restaurantes que servem pratos típicos. Inclusive tive
a oportunidade de experimentar alguns desses pratos típicos japoneses por
ocasião do convite que o Sensei Hideaki me fez. Foi muito legal, andamos muito
pelas ruas da liberdade, nos divertimos e ainda almoçamos em um local muito
familiar e agradável, os japoneses recebem muito bem seus convidados.
Agora
falando da corrida, chegamos ao centro de São Paulo de maneira bem tranquila,
pouco trânsito, nenhum flanelinha e algumas boas opções de estacionamento. Havia
muitos japoneses na corrida, embora o número de participantes tenha sido abaixo
do esperado, havia também muitas pessoas utilizando faixas com descrições em
japonês. A novidade ficou pala presença da esposa do senhor Hideaki, a senhora Kieko, muito
simpática e alto astral, nos deu a maior força.
A
prova era formada por duas voltas no mesmo percurso que passava pelos
principais pontos turísticos do centro antigo da cidade. Em sua totalidade o
percurso era plano com leves subidas, exceto a que se aproxima da catedral da
Sé, essa sim era bem inclinada, mas nada que um bom treino no Bosque Maia não
resolva, por isso quero voltar a treinar essa semana. De qualquer modo foi uma
prova muito legal, com algumas ressalvas, uma vez que foi organizada pela
Yescom, e não se pode confiar, tampouco falar bem deles.
Mantivemos
um bom pace, não fiz questão de marcar um bom tempo, tratava-se de uma festa,
uma corrida para “passearmos” eu, o Sensei e o bom amigo Ivan Ribeiro fizemos
companhia uns para os outros em todo o percurso. Fechamos a prova por volta do
60 minutos, lembrando que eram apenas 9.300 metros, não os tradicionais 10k,
mas o importante mesmo foi completarmos bem a prova, e o fizemos. Meu joelho
mais uma vez me incomodou muito, mas ele não vai me parar, não mesmo.
No
final ainda passamos um bom tempo conversando lá no Vale do Anhangabaú,
simplesmente jogando conversa fora despretensiosamente. Foi realmente muito
construtivo correr, rever os amigos e fazer alguns novos. E por falar nisso, no
meio da multidão um bom gaúcho da linda cidade de Porto Alegre reconheceu minha
tatuagem e veio “prosear” conosco, foi muito legal.
As
férias terminaram, mas eu aproveitei muito, fiz tudo o quanto estava ao meu
alcance, treinei bem menos do que nas últimas, mas isso aconteceu por conte de
minha lesão, e não por preguiça. Não vou de forma alguma me sentir mal com isso,
afinal de contas aprendemos muito mais quando perdemos do que quando ganhamos,
e essa lesão tem me ensinado muito, muito mesmo. Além disso, passei boa parte
de minhas férias com o meu gurizão, foi muito bom curtir a paternidade de forma
integral, e realizei seis das sete corridas que havia planejado, e a saideira
foi essa, em grande estilo, com direito a ótimas companhias, almoço com comida
japonesa e um percurso recheado de história, de encher os olhos.
A
próxima corrida inclusive será no mesmo local na tradicional corrida da Corpore
que leva o nome místico de Corrida do Centro Histórico, nada mais original que
isso. Domingo que vem não tem corrida, vou “descansar”, nada de prova, chip,
número de peito ou cronometro. Ao contrário, pretendo fazer 30k de pedal, e
pelo andar da carruagem, se tudo correr como pretendo vou começar a nadar.
Parece que os triátlons já começam a ganhar formas.