Treininho de luxo

         No meu post anterior eu havia comentado que estava embalado. E continuo. Aliás, não pretendo parar. Minha quinta prova do ano – isso que estamos apenas em março veio meio despretensiosa. Sabe aquele momento que tu está sem nada pra fazer mexendo em “qualquer coisa” na internet? Pois bem, foi em um momento como esse que eu descobri essa prova em Barueri. Fiquei meio desconfiado, é claro, mas fui. E como foi boa. Minha maior preocupação era o fato dessa não ser  a distância que já estou familiarizado, dessa vez seria 15, mesmo assim fui. Seria um desafio intrigante e cheio de expectativas.

         Antes de falar da corrida, gostaria de falar da cidade, mas que bela cidade, hein? Estacionamento, sanitários e um espaço para o evento que deixou muita cidade grande “nas chinelas”.

         Antes da prova encontrei o Seu Alcides, que muito tem me orientado durante os treinamentos, decidimos ir juntos até onde desse, se fosse o caso, seria cada um por si, mas não foi. Além dele encontrei com o Fábio Namiuti, grande representante da literatura dos corredores, senão precursor, uma figuraça, com uma história de superação incrível como a de muitos que lá estavam, inclusive eu. Antes do início fizemos um aquecimento bem de leve e nos posicionamos para a largada que foi dada sem atraso, diga-se de passagem. E lá fomos nó, imprimindo um ritmo não muito confortável, resolvemos puxar um pouco, acho que estou começando a pegar o jeito da coisa. Por se tratar de uma prova mais longa do que as que costumo fazer aquela ansiedade não me pegou logo de cara. Demorou um pouco para acontecer, veio lá pelos 13 km. Os pontos de hidratação foram muito bem distribuídos, o percurso não era bem o que nos haviam avisado, quase plano em sua totalidade, com exceção de dois viadutos, mas não tomamos conhecimento deles, os treinamentos nos “morros” do Bosque tem feito diferença.

         O sol até tentou atrapalhar um pouco, mas logo se cansou e deixou a “coisa para os homens”. Comecei a sentir um pouco o peso da cadencia lá por volta dos 13 km, como citei anteriormente, mas depois do ponto de hidratação consegui me senti mais confortável, ainda deu tempo de “brincar de competição” com alguns corredores que havia nos passado em quilômetros anteriores, fomos buscar a diferença naquele restinho de gás que surge sabe-se lá de onde. Cruzamos os 15 quase de maneira triunfal e simplesmente inusitada. O nosso tempo foi de 01:22:44, exatamente o mesmo, sem nenhum segundinho a mais, se tivéssemos combinado talvez não desse tão certo.

         Mais uma medalha no peito, muito bonita por sinal, fica a dica, além de ser uma cidade exemplar, Barueri organizou uma das melhores provas que já participei, entra com certeza no meu calendário, ano que vem estarei lá. Ah, pra falar que não tenho nada a dizer, eu acho que 8h30 é muito tarde para largada de uma corrida de 15 km. Apesar disso foi tão suave que acabei encarando-a como um “treininho de luxo” para meu maior desafio do ano. Os 21 km. E sábado tem longão, quem quiser me seguir, bora correr. O próximo desafio é dia 01 de abril – até parece mentira – na Corrida e Caminhada Autismo e Realidade. Será que vem um sub 50 por aí? E dá-lhe Endorfina.

Professor Ademir é mateador, assador, toma chimarrão no lugar de isotônico, está muito embalado e com a faca nos dentes para o dia 15 de abril.