quinta-feira, 26 de abril de 2012

Corrida da Ressaca



No domingo, dia 22 de abril aconteceu em São José dos Campos o Circuito Superação. Como o nome já sugere foi realmente um dia para superar uma marca. Nada parecido com o que foi a Meia Maratona no domingo passado que foi relatada por mim aqui no blog, mas uma marca que provavelmente vai demorar a se repetir – que o diga a Viviane. Foi a quarta corrida realizada neste mês de abril, isso mesmo, quatro corridas em um mês, e poderia ter sido cinco, não fosse o kit da Indy Run ser entregue em um dia de semana.
O mais legal dessa prova é que fomos com a equipe dos Corredores do Bosque Maia, o qual muito me orgulho de fazer parte O Professor Alexandre foi nosso líder durante toda a etapa. Como de costume em dias de corridas a coisa aconteceu cedo, às 5h30 já estava em pé tomando um bom mate para ganhar uma energia pré-prova. Juntamos a galera e tocamos, diga-se de passagem, a festa quase foi cancelada devido a um acidente na Via Dutra, mas que pôde ser contornado. Infelizmente alguns amigos não chegaram a tempo, ainda devido ao ocorrido e largaram bem depois, alguns sem chip, inclusive, foram pelo incrível espírito esportivo.



Chegamos já em cima da hora, foi só o tempo de pegar o kit, a imensa fila do banheiro químico – sem comentários – e irmos para a largada. O pessoal de São José dos Campos realmente são muito hospitaleiros, ganharam todo meu respeito, poucas vezes me senti tão bem recepcionado em uma prova como essa.
Largamos com pouco mais de 4 minutos de atraso, nem vou considerar pois acho que era na verdade eu que estava com o relógio adiantado. O percurso era uma delícia, todo plano, quer dizer, a altimetria até pode me desmentir, todavia não dava mesmo para sentir o “baque” da subida. Correr é muito bom, correr com os amigos é ainda melhor, ao longo que iam se passando os quilômetros eu ouvia uma saudação ou acenava para algum conhecido, passei pelo Mestre Alcides e pelo Sensei Hideaki, e na volta ainda fiz um sinal de positivo para pelo menos cinco ou seis viventes.
Tenho andando ali pela casa dos 4.50, 5.00, 5,20 e queria de verdade passar abaixo dos 5, e assim se fez. Dei um Sprint no finalzinho e essa foi uma das maiores emoções de quebra de recorde mundial pessoal, por apenas dois segundinhos eu fiquei abaixo dos 5, para ser mais preciso terminei os 12km em 00:59:58. Bah, por tão pouco. Aquele sentimento de que um pouquinho aqui, outro pouquinho ali, fazem toda a diferença que eu senti na Meia Maratona veio outra vez à tona, só que agora para menos. Ufa, que bom atingir uma meta desejada.
Depois da chegada foi uma festa só, nos reunimos e trocamos as experiências vivenciadas por cada um de nós durante a prova. Algumas pessoas fizeram essa distância pela primeira vez, como a Ivone, que jamais havia alcançado tal façanha, outros foram para os seis e terminaram com o sentimento de terem percorrido seiscentos, isso é muito maravilhoso, como é bom saber que esse esporte transcende e nos faz transcender os limites. Valeu corrida!  Ainda ficamos por ali para ver se algum de nós havia “beliscado um troféuzinho” – como diz o Alexandre – mas nada de mais, terminamos mais essa com o sentimento de querer voltar à São José dos Campo, já com dia e hora marcados, em junho estarei lá outra vez.












Gostaria de registrar que, por fim, adquiri meu exemplar – autografado – do livro Melhor que o Caminho é o Caminhar do Fábio Namiuti, que conta sua trajetória de superação e conquistas desde sua remota infância até tornar-se um corredor de longas distâncias. Vale muito a pena, recomendadíssimo. Além disso o Fábio já é por si só uma figura, muito gentil e simpático, como ele mesmo classificou: “já nos tornamos parceiros de corrida”. Valeu Fábio, nos encontramos em alguma corrida por ai.



Essa foi sem dúvidas a corrida da ressaca, ainda sentindo os efeitos colaterais dos 21,100 quilômetros vencidos no domingo anterior. Fui para São José dos Campos fazer festa, ainda que eu faça isso em todas as corridas, mas essa não foi para ser levada tão a sério, ou talvez eu já esteja me acostumando e achando pequena demais para meus sonhos percorrer 12 k. E foi assim que terminou essa corrida e o mês de abril, com um sentimento de vazio por saber que corrida agora somente dia 06 de maio – daqui há dois séculos para ser mais exato – mas com um sentimento de alma preenchida pelas quatro corridas que realizei. Sempre, é claro, com o apoio, a tietagem, a fotografia, a torcida e o patrocínio da Vivi. Te amo minha prenda.








Professor Ademir continua torcendo pelo Grêmio, realizou com êxito no mês de abril seu maior desafio até então e já programa novos desafios para esse ano.

Um comentário:

  1. Grande Ademir! Parabéns pela sua bela participação na prova aqui em São José. Ficamos muito contentes com a sua visita. Seja sempre muito bem-vindo à nossa cidade. Espero que possamos nos encontrar muitas outras vezes nas corridas por aí (e por aqui!). Obrigado por adquirir o meu livro, prestigiando esse corredor das antigas, mas novo autor. E por essa recomendação.

    Grande abraço e até as próximas!

    Fábio

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