A
segunda prova do “biathlon” foi bem mais tranquila que a primeira, não se
tratava exatamente de uma corrida, era na verdade um passeio de conscientização.
Uma espécie de “vejam, merecemos respeito
mesmo estando sobre duas rodas”.
Mas
pra falar a verdade não surtiu muito efeito, pois, ao longo do trajeto muitos
condutores buzinaram, xingaram, odiaram, amaldiçoaram e só não “voaram” sobre
nós porque durante todo o trajeto fomos fortemente escoltados pela CET e por policiais
militares, inclusive alguns ciclistas da Guarda Civil, todos eles companheiros
muito bem vindos.
Como
tive que ir para o passeio depois da Meia de Sampa cheguei um pouco atrasado,
dez minutos que não fizeram muita diferença, pois pra variar a largada atrasou.
Foi meu primeiro evento de bicicleta, por isso fui com calma, afinal de contas
era um território ainda desconhecido. Dá pra notar algumas diferença entre as
duas modalidades – corrida e pedalada, inclusive acho que a maior delas é que os
atletas da corrida são mais unidos, simpáticos e companheiros. Não quero ser
injusto com os atletas e a modalidade, prefiro fazer outros eventos antes de
formar melhor minhas opiniões.
Durante
todo o percurso foi tudo bem tranquilo, exceto, como citei acima os motoristas
estressados maldizendo tudo. Fizemos algumas paradas para reunir o pessoal do
fundão que dispersava durante percurso. O melhor de tudo foi passear por todo o
centro antigo de Sampa, ainda mais durante uma manhã domingo fria, por sinal.
Observar os monumentos e as ruas desta cidade é maravilhoso, nos
remete a pensar em uma Paulicéia bem distinta dessa que presenciamos nos dias
de hoje.
Foi
muito bom estar no meio daquela gente legal que pedalou em prol de um mundo
mais plural, onde se tem respeito não por ser multado caso não tenha, mas por
respeitar o próximo. Nesse mesmo domingo eu fui pedestre, ciclista e
condutor, muitos são, mas poucos percebem isso quando estão dentro do carro
querendo chegar cedo em casa. Ou naquela curva que teve que reduzir a
velocidade por ter um ciclista nela, ou quando se precisa fazer uma
ultrapassagem mas não pode porque tem um ciclista “no meio”.
Terminei
o passeio com uma sensação vazia e um pouco frustrada, assumo. Queria um pouco
mais de ação, uma corrida mesmo, com pódio, chip e essas coisas. Vamos lá, em busca
de novos eventos. Foi a primeira de muitas. Essa foi a segunda parte desse “biathlon”,
em breve pode ser triathlon, vamos ver o andar da carroagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário